UCID pede alterações para adequar PCFR às necessidades dos professores
SOURCE: [Expresso das Ilhas]
O posicionamento dos democratas-cristãos foi apresentado hoje, durante uma conferência de imprensa de antevisão da primeira sessão plenária de Outubro, que marca o início do novo ano parlamentar.
“Nós iremos votar contra por todos esses pontos que não estão esclarecidos e que devem ser esclarecidos e que devem ser adequados àquilo que são as necessidades dos professores. Obviamente que se se fizerem as alterações que nós consideramos necessárias nós votaremos a favor. A proposta como está, nós consideramos que não responde àquilo que são as exigências e as necessidades do pessoal docente”, posiciona.
Entre os pontos do PCFR que a UCID entende que devem merecer atenção, destacam-se o desenvolvimento na carreira, enquadramento salarial, regime de mobilidade e o tratamento dos professores como classe especial.
Os sindicatos já pediram bom senso dos deputados e querem que o diploma seja enviado ao Tribunal Constitucional. A deputada da UCID concorda.
“Nós somos pela negociação e se o sindicato considera que há inconstitucionalidades e que o ideal é remeter a proposta ao Tribunal Constitucional para verificar, eu acho que não se perde nada com isso. Portanto, a posição da UCID será apoiar nesse sentido. É claro que há a exigência de um número de deputados para fazer isso, portanto, nós vamos aguardar durante o debate e ver aquilo que se passa. Obviamente nós iremos levar as nossas contribuições, mas nós continuamos a defender que é necessário ouvir os sindicatos”, diz.
Da agenda da sessão que decorre de 9 a 11 deste mês, consta um debate com o ministro da Educação, Amadeu Cruz. A UCID leva questões como a reforma do sistema educativo, falta de professores nas escolas, excesso de alunos nas salas de aula, regime de aprovação no oitavo ano, pagamento de professores contratados e a falta de recursos humanos e meios tecnológicos para a educação especial.
“Nós temos que começar a levar a educação, a trabalhar a educação de uma forma mais séria. Nós estamos a formar futuros quadros de Cabo Verde. E se nós não respondermos a esses aspectos, programas, manuais, professores, regime de faltas, sistema de transição, de aprovação, nós acabamos por ter jovens formados com lacunas. Aliás, nós temos tido prova, por algumas avaliações que têm sido feitas, o déficit a nível da aritmética, a nível da língua portuguesa e etc”, aponta.
Ao longo da plenária, os deputados também vão colocar perguntas ao ministro do Ambiente e Agricultura, Gilberto Silva.