A Cimeira contou com a participação dos líderes dos 53 países da África, incluindo Cabo Verde, o Presidente da Comissão da União Africana, bem como o Secretário-Geral das Nações Unidas e representantes de mais de 30 organizações internacionais e organizaçõesregionais africanas. Sob o lema “Dar as mãos para promover conjuntamente a modernização e construir uma comunidade China-África de alto nível com um futuro partilhado ”, ambas as partes discutiram os planos para a cooperação amigável China-África na nova era e chegaram a uma série de consensos sobre o fortalecimento de toda a cooperação global, demonstrando a firme confiança e as brilhantes perspectivas de unidade e cooperação doSul global.

Sua Excelência o Presidente Xi Jinping esteve presente na Cerimónia de Abertura da Cimeira e proferiu um discurso intitulado “Dar as mãos para promover a modernização e construir uma comunidade com um futuro partilhado”, cujo conteúdo principal envolve os seguintes pontos:

Primeiro ponto, foi anunciado que as relações bilaterais da China com todos os países africanos com laços diplomáticos com a mesma foram elevadas ao nível de relações estratégicas, e o posicionamento geral das relações China-África foi elevado à comunidade China-África com um futuro partilhado sob todas as condições na nova era.

Segundo ponto, foram apresentadas seis propostas China-África de promoção conjunta da modernização, focado na realização de uma modernização justa e equitativa, uma modernização aberta e de ganhos compartilhados, uma modernização que coloca o povo em primeiro lugar, uma modernização caraterizada pela diversidade e inclusão, uma modernização ecologicamente amigável, e uma modernização baseada na paz e segurança. Estas seis propostas terão uma influência significativa, profunda e de longa duração sobre a liderança doSul globalpara acelerar a modernização, promovendo a modernização mundial.

Terceiro ponto, foram propostas dez ações de parceria, que serão implementadas pela China conjuntamente com a África nos próximos três anos, das quais abrangem áreas de aprendizagem mútua entre civilizações, prosperidade comercial, cooperação na cadeia industrial, conectividade, cooperação para o desenvolvimento, saúde, agricultura e subsistência, intercâmbio cultural e interpessoal, desenvolvimento verde e segurança comum. Cada ação conta com iniciativas tangíveis, como por exemplo, a China alargará unilateralmente a abertura do mercado, oferecendo aos países menos desenvolvidos da África o tratamento de taxas aduaneiras zero para 100% dos produtos nacionais daqueles países; implementará 1.000 “pequenos e amistosos” projetos de bem-estar e subsistência; enviará 2.000 agentes de saúde ao continente e apoiará no desenvolvimento do Centro Africano de Controlo e Prevenção de Doenças; disponibilizará ajuda alimentar emergencial ao continente no valor de 1.000 milhões de yuans; promoverá ainda mais o Futuro da África-Plano para a Cooperação da Educação Vocacional, proporcionando 60.000 oportunidadespara participação em seminários, designando o ano de 2026 como o Ano China-África de Intercâmbio entre os Povos; efetuará no continente 30 projetos de energias renováveis; e promoverá treinamento a militares e agentes de órdem público africanos, para melhor beneficiar os povos africanos com resultados palpávies de desenvolvimento.

Quarto ponto, o Presidente Xi Jinping anunciou que, nos próximos três anos, o governo chinês estará disposto a disponibilizar 360 mil milhões de RMB em apoio financeiro, incluindo 210 mil milhões de RMB em fundos de crédito e 80 mil milhões de RMB em vários tipos de assistência, e impulsionar as empresas chinesas a investirem no mínino 70 mil milhões de RMB em África. A China irá também encorajar e apoiar os países africanos a emitirem "Títulos Panda" (panda bonds) na China, proporcionando um forte apoio à cooperação prática entre a China e África em vários domínios.

As importantes propostas e iniciativas acima referidas estão em consonância com a realidade das relações China-África, em especial nas necessidades do continente africano, ao passo que foram amplamente reconhecidas e calorosamente recebidas pelos líderes africanos. A cimeira adoptou a Declaração de Pequim e o Plano de Acção para reforçar a cooperação China-África nos próximos três anos e formulou um plano de cooperação para a fase seguinte, que certamente dará um forte impulso no desenvolvimento das relações China-África.

Vale a pena salientar que Cabo Verde é um membro importante do Fórum de Cooperação China-África e sempre desempenha um papel construtivo no âmbito da Cimeira. A Sua Excelência o Primeiro-Ministro de Cabo Verde, Dr. José Ulisses Correia e Silva, chefiou uma delegação de alto nível para participar no evento, assistiu atividades relevantes e proferiu um discurso na conferência de alto nível sobre paz e segurança, dando importantes contributos para o sucesso do mesmo. Por conseguinte, a quando da Cimeira as relacões entre a China e Cabo Verde foram elevadas ao patamar de parceria estratégica, abrindo novos capítulos das relações entre os dois países. O Primeiro-Ministro chinês, Li Qiang, e o membro do Comité Permanente do Bureau Político do Comité Central do Partido Comunista da China e o Secretário da Comissão Central de Inspeção Disciplinar do Partido Comunista da China, Li Xi, reuniram-se respetivamente com o Primeiro-Ministro Caboverdiano, Dr. José Ulisses Correia e Silva e chegaram a um importante consenso sobre o aprofundamento da cooperação amigável bilateral e o desempenho de um maior papel na promoção do bem-estar dos povos da China e daÁfrica bem como na manutenção da paz e da estabilidade mundial.

Enfatizamos o facto da China estar disposta a trabalhar conjuntamente com Cabo Verde para implementar o importante consenso alcançado na Cimeira, continuar a promover projetos-chave de cooperação, realizar ganhos mútuos de desenvolvimento comum entre os dois países, para melhor beneficiar os dois países e os seus respetivos povose contribuir para promover a modernização do Sul global e a construção da comunidade de futuro partilhado da humanidade.