UCID considera que auscultação dos partidos para marcação das eleições autárquicas acontece tardiamente
SOURCE: [Inforpress]
Cidade da Praia, 09 Set (Inforpress) – O presidente da UCID, João Santos Luís, considerou hoje que a auscultação aos partidos políticos para a apresentação das suas propostas para a marcação da data das eleições autárquicas de 2024, aconteceu um pouco tarde.
João Santos Luís apresentou esta opinião no final do encontro com o primeiro-ministro Ulisses Correia e Silva durante a qual apresentou as propostas do partido sobre as datas que entendem ser as melhores para a realização das eleições autárquicas.
Conforme adiantou o líder da UCID, o partido já tinha dado uma conferência de imprensa para manifestar a sua preocupação relativamente à demora na marcação das eleições autárquicas, salientando que “quanto mais rápido for marcada a data das eleições, a própria Comissão Nacional das Eleições, que organiza logisticamente as eleições, terá mais tempo para fazer o seu trabalho”, precisou.
Disse ainda que, após a marcação da data das eleições autárquicas por parte do primeiro-ministro, a CNE vai ter três dias para marcar o calendário do todo o processo eleitoral, que vai servir todos os partidos concorrentes, bem como os grupos de cidadãos.
O presidente da União Cabo-verdiana Independente e Democrática apresentou ao chefe do Governo como possíveis datas para a realização das eleições autárquicas, o final de Novembro ou início de Dezembro, no entanto lembrou que a última semana do mês de Novembro coincide com as festas dos municípios de Santa Catarina de Santiago e do Fogo.
Assim sendo, João Santos Luís disse que a outra possível data poderia ser no primeiro domingo de Dezembro, ou seja, dia 01 de Dezembro, visto que outras datas já seriam mais complicadas, frisando que “a última equipa camarária tomou posse a 20 de Novembro de 2020 e, neste caso em concreto, só depois desta data é que as eleições poderiam ser marcadas”.
“Como se sabe, após a marcação das eleições nos sessenta dias subsequentes não se pode fazer inaugurações e lançar-se nenhuma obra e, eventualmente, o senhor primeiro-ministro jogou com esta questão, tendo em conta que vai concorrer em todos os municípios e interessa-lhe, como presidente do partido, que se façam algumas inaugurações e lançamentos de obras antes de sessenta dias”.
O presidente da UICD manifestou, ainda, a sua preocupação relativamente ao recenseamento automático, de modo a permitir a que todos as pessoas possam recensear-se e poderem votar, aliás lembrou que esta proposta da revisão do código eleitoral já se encontra na Assembleia Nacional há mais de dois anos, a espera da sua aprovação e está a depender da boa vontade dos sujeitos parlamentares e do Governo para a sua aprovação.
João Santos Luís disse que, em comparação com o ano de 2021, somente nove mil pessoas conseguiram recensear-se, o que, em seu entender é “muito pouco”.
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