O Stade de France acolheu milhares de adeptos durante as duas sessões dos diferentes dias, na sessão da manhã e naquela da tarde, para assistir às diferentes provas de atletismo, onde estiveram presentes os atletas da África Lusófona.

Heidilene Patricia Oliveira Lopes, melhor marca do ano

A cabo-verdiana Heidilene Patricia Oliveira Lopes participou na prova de 200 metros T12, para pessoas com deficiência visual.

Na quarta série, a atleta de Cabo Verde acabou por terminar no quarto e último lugar com um tempo de 28.49 segundos, melhor marca do ano para a cabo-verdiana.

Em entrevista à RFI, Heidilene Patricia Oliveira Lopes, de 32 anos, mostrou-se com a prova realizada e aponta desde já as baterias para 2028 em Los Angeles nos Estados Unidos:

«Estava a competir com vários atletas de alto rendimento. Foi uma boa experiência e concluímos aquilo que viemos aqui fazer. Conseguimos bater a nossa marca do ano. Isso quer dizer que estamos a trabalhar bem e agora é continuar a trabalhar mais e também ter mais condições de treinamento para estar presente em 2028. Queria dizer aos cabo-verdianos que foram formidáveis. Estiveram sempre connosco aqui a vibrar, a dar-nos todo aquele apoio. Então, muito, muito, muito obrigado», frisou a atleta.

Heidilene Patricia Oliveira Lopes, com o guia Jailson Manuel Duarte Oliveira, foi eliminada visto que apenas a primeira atleta de cada série seguia em frente, para as meias-finais, bem como os sete melhores tempos.

Na classificação final das eliminatórias, a atleta cabo-verdiano ficou no 17° lugar.

Sabino Tchipessi Bembua bateu recorde pessoal

O angolano Sabino Tchipessi Bembua participou na prova de 400 metros T47, categoria para pessoas atletas com transtorno do movimento de baixo grau a grau moderado em um dos braços ou com ausência de membros.

Na segunda série, o atleta de Angola acabou por ficar na sétima posição com um tempo de 53.30 segundos, novo recorde pessoal.

Em entrevista à RFI, Sabino Tchipessi Bembua estava frustrado com o resultado, mas prometeu dar tudo para estar presente em 2028 em Los Angeles:

«Foi muito trabalho. É a primeira vez que eu participo nos jogos. Dei o meu máximo para estar perto dos 50 segundos, mas não foi desta. Não vou ficar parado, vou continuar a trabalhar. O objetivo não era este. O objectivo era alcançar os 50 segundos. Mas fico feliz por esses 53 segundos. Sinto-me muito feliz por ter corrido à frente deste público, isso motivou-me muito. O objectivo é trabalhar mais. Agora é apontar as baterias para 2028», realçou o atleta.

Sabino Tchipessi Bembua, de 24 anos, foi eliminado visto que apenas os três primeiros atletas de cada série seguiam em frente, para a final, bem como os dois melhores tempos.

Na classificação final das eliminatórias, o atleta angolano terminou no 14° lugar.

Alex dos Anjos correu lesionado

O são-tomense Alex dos Anjos participou na prova de 400 metros T47, categoria para pessoas atletas com transtorno do movimento de baixo grau a grau moderado em um dos braços ou com ausência de membros.

Na segunda série, o atleta de São Tomé e Príncipe acabou por ficar na oitava e última posição com um tempo de 56.17 segundos, melhor marca do ano para a são-tomense.

Em entrevista à RFI, Alex dos Anjos admitiu que estava lesionado, mas esforçou-se para participar na prova e representar São Tomé e Príncipe:

«A minha melhor marca é 50.94 segundos. Na véspera da prova, eu tive uma lesão no músculo e fui fazendo terapia. Segundo a informação do médico, eu não podia competir, porque era uma lesão que não ia dar bons resultados. Mas eu tive que fazer a competição por ser o único atleta a representar o país. Eu tive que me esforçar. É um espectáculo maravilhoso, cada vez os Jogos Paralímpicos estão a mobilizar muito as populações e os espectadores. Estar aqui presente, estar perante este público e representar São Tomé e Príncipe, faz conhecer São Tomé e Príncipe. Muitos não conhecem a ilha. Com a minha representação aqui nos Jogos, eles vão pesquisar onde é São Tomé e Príncipe, e conhecer o país», concluiu o atleta.

Alex dos Anjos, de 33 anos, foi eliminado visto que apenas os três primeiros atletas de cada série seguiam em frente, para a final, bem como os dois melhores tempos.

Na classificação final das eliminatórias, o atleta são-tomense terminou no 15° e último lugar.

Recorde-se que Alex dos Anjos participou nos dois anteriores Jogos paralímpicos, acabando no 10ª posição no Rio de Janeiro, e na 12ª em Tóquio.