O palco do largo de Alto São Pedro funcionou dentro daquilo que era o propósito da câmara que era dar mais opções para os munícipes e mereceu nota “positivo” dos artistas e do público.

Para a vereadora da Cultura, Lia Barbosa, o palco de Alto São Pedro foi pensado para dar mais opções aos munícipes que não conseguem ir ao Presídio por razões diversas, nomeadamente as crianças e pessoas adultas, motivo pelo qual trouxe o circo para os mais pequenos, acrescentando que era visível a alegria das crianças, mas também dos pais e encarregados de educação, mas também de emigrantes.

Com relação aos artistas, Lia Barbosa disse que com o funcionamento do palco Alto São Pedro a câmara criou espaços para artistas locais renomados e no início de carreira, com participação de artistas de outras ilhas, como Toy Cabecilha e outros, sublinhando que a organização tentou diferentes tipos de artistas desde os que cantam estilo hip hop, passando pelos ritmos tradicionais como morna, coladeiras e outras músicas.

“É para continuar nos próximos anos”, prometeu  Lia Barbosa, indicando que este ano a edilidade deu mais enfoque a este palco pelo facto do lema da edição das festas do Dia do Município e da Bandeira de São Filipe foi

“Nôs munícipes” e foi uma forma encontrada de homenagear os munícipes.
Paralelamente ao palco e no mesmo largo funcionou a feira de produtos agropecuários com objectivo de levar mais público a visitar feira e dar mais oportunidade de venda aos expositores que saíram “bastante satisfeitos”, e juntar palco de actuação musical com a feira foi um “excelente casamento e oportunidade de negócios”.

O artista foguense Jorge Senna, ele que já actuou no Presídio e que este ano esteve no Palco Alto São Pedro, considerou a ideia “louvável” e não se sentiu diminuído, observando que “qualquer palco é placo” e mesmo sendo diferente a emoção é a mesma de participar das festas de São Filipe.

A festa de São Filipe tornou-se “grande demais” e não se pode pensar apenas no palco do Presídio, referiu o artista para quem o palco de Alto São Pedro tem alguma semelhança com a parte antiga das festas com a feira popular de um lado e o baile de conjunto do outro.

“É uma iniciativa muito boa (…) e sendo o primeiro ano, veja a dimensão que tomou e espero que nos próximos anos seja uma grande alternativa para crianças e jovens de terceira idade com muitas diversões”, referiu Jorge Senna, observando que as pessoas com idade mais avançada tiveram oportunidade para ouvir música que fez parte da sua juventude e géneros que não conseguem ser tocados no Presídio.

Segundo o mesmo, o palco Alto São Pedro é também uma alternativa para grupos tradicionais da ilha do Fogo, sobretudo para pessoas da terceira idade.

No dizer de Jorge Senna, não só a festa está “bonita” como a própria cidade, defendendo um “djunta mon” para torná-la cada vez mais grande.
Jorge Senna está disponível para, na parte musical, tudo fazer para transformar “São Filipe numa cidade altamente cultural”, o que de resto, confessou, foi sempre a sua ideia.

O artista, que está a trabalhar na divulgação do antigo trabalho a nível da Europa e porque tem alguns colegas com trabalho novo para sair, nomeadamente Félix Lopes, disse que não é aconselhável “fazer sombra” e vai trabalhar com irmão Neny para dar maior visualidade e só depois pensar no próximo trabalho.

Outro artista de renome que actuou na primeira edição do palco Alto São Pedro foi Dany Lobo, tendo classificado o funcionamento do palco como “uma iniciativa louvável e uma alternativa ao Presídio, virado mais para a música tradicional”, lembrando que “há muitas pessoas interessadas em ouvir a música tradicional”.

O palco, segundo mesmo, pode servir para promoção no início da carreira e não se sente diminuído por actuar no palco Alto São Pedro, mas antes um privilegiado em fazer parte do leque de artistas convidados para a primeira edição.

Danny Lobo, que tem participado de forma regular nas festividades do Dia do Município e da Bandeira de São Filipe, contraria a opinião de alguns de que vieram menos pessoas das outras ilhas e da diáspora, sublinhando que durante a festa não deu para sentir isso.

A Semana com Inforpress