A seguir, os dois Chefes de Estado visitam a exposição "50 Anos de Abril - Antes e Depois", uma iniciativa da sociedade civil, no Arquivo Histórico Nacional.

Na quarta-feira, 1 de Maio, o Campo de Concentração do Tarrafal, em Chão Bom, é o palco central das comemorações do Cinquentenário da Libertação dos Presos do Campo do Tarrafal, que incluem a Sessão Especial, na qual participam os Chefes de Estado de Cabo Verde, José Maria Neves, Portugal, de Marcelo Rebelo de Sousa, e da Guiné-Bissau, Umáro Embalé Sissocko, bem como uma representação do Presidente de Angola.

Durante esta sessão, será realizado o descerramento da Placa comemorativa da efeméride, seguido da Conferência "Campo de Concentração do Tarrafal: Genealogia Histórica, Modelos de Repressão e Memórias Transnacionais de Resistência", que terá como conferencista o historiador Victor Barros.

Às 15h00, os Chefes de Estado participam numa visita guiada ao Campo de Concentração. A encerrar as comemorações, o antigo Campo do Tarrafal, acolhe, às 17h00, o Concerto da Liberdade, que contará com a participação de artistas dos quatro países que tiveram cidadãos presos no Tarrafal: Mário Lúcio (Cabo Verde), Teresa Salgueiro (Portugal), Paulo Flores (Angola) e Karyna Gomes (Guiné Bissau). O concerto terá entrada livre.

Numa nota enviada, a Presidência da República sublinhou que celebrar os 50 anos da Libertação dos Presos Políticos do Tarrafal, no espaço que hoje alberga o Museu é um acto de preservação da memória e um contributo para a educação das gerações mais recentes sobre os horrores do passado colonial. “O Museu do Campo de Tarrafal é um testemunho vivo das lutas e conquistas do povo cabo-verdiano, de todos aqueles que ali estiveram presos e que resistiram à opressão e lutaram por justiça”.

A mesma fonte indicou que com estas comemorações, a Presidência da República está também a apoiar a candidatura do Museu do Tarrafal a Património da Humanidade da Unesco, augurando que seja um desígnio comum dos Países de Língua Portuguesa.