São Filipe, 30 Abr (Inforpress) – A ministra de Estado e da Coesão Territorial, Janine Lélis, chegou segunda-feira à ilha do Fogo para representar o Governo nas celebrações do Dia do Município e da Bandeira de São Filipe.

Além da ministra Janine Lélis, o ministro da Cultura, Abraão Vicente, tinha agendado uma visita de trabalho à ilha do Fogo e a São Filipe a partir de 28 de Abril, mas a mesma foi cancelada e adiada para o mês de Maio, por razões de ordem pessoal

“Tínhamos recebido informação de que o ministro da Cultura estaria connosco, mas depois fomos informados que por razões pessoais vai adiar a visita de trabalho ao município de São Filipe para vermos alguns projectos em carteira que queremos desenvolver parceria”, disse o presidente da Câmara Municipal de São Filipe.

A visita, segundo Nuías Silva, será reagendada para o mês de Maio, apesar de ainda não ter contactado o gabinete do ministro da Cultura por causa de todas questões à volta das festas do Dia do Município e da Bandeira de São Filipe.

Desde que assumiu a pasta da Cultura, em 2016, Abraão Vicente nunca marcou presença nas festas de São Filipe, situação que tem merecido várias leituras por diferentes segmentos da sociedade civil sanfilipense.

Questionado se a ausência reiterada do titular da Cultura naquela que é considerada a maior festa tradicional de Cabo Verde não pode ser vista como "desprezo” por parte do ministro da Cultura, o edil de São Filipe afirmou que tem uma leitura diferente e não quer acreditar que algum ministro possa desprezar a festa de grandeza da de São Filipe.

“Ele este ano tinha se comprometido em vir, mas de facto não sei as razões, nós enviamos sempre convite ao Governo a quem cabe indicar as pessoas que virão representá-lo, e foi indicada a ministra de Estado e da Coesão Territorial, Janine Lélis”, vincou o autarca.

A ministra Janine Lélis, segundo Nuías Silva, já teve oportunidade de efectuar algumas visitas, nomeadamente à Casa das Bandeiras e à Praça do Presídio e participou na final da corrida de cavalos.

“Vai ser uma boa presença já que é a primeira vez que representa o Governo nesta festa”, sintetizou Nuías Silva.

A mesma fonte recusou entrar em pormenores que disse desconhecer e que quer acreditar que o ministro estará em São Filipe em outras efemérides.

A ausência do ministro da Cultura nas festividades, adiantou, é uma questão para ser colocada ao Governo ou ao ministro e não cabe ao presidente da câmara fazer inferência entre duas instituições que têm uma “relação institucional saudável” e por isso “não quer colocar achas na fogueira”.

“Algum motivo de ordem pessoal fez com que o ministro da Cultura reprogramasse a sua visita a São Filipe”, referiu Nuías Silva.

Com relação a outros convidados, o presidente da câmara referiu que este ano, por causa da comemoração dos 50 anos de 25 de Abril, em Portugal, e pelo facto de as festas de São Filipe coincidirem com a semana de 25 de Abril a 01 de Maio e os 50 anos da libertação dos presos da prisão de Tarrafal de Santiago, em Cabo Verde, no dia 01 de Maio, há uma “presença mais fraca dos amigos estrangeiros”.

Apesar disso alguns já começaram a chegar, nomeadamente do município português de Viseu, que se faz representar pelo presidente do Instituto Politécnico, acrescentando que nos próximos dias mais alguns vão chegar.

“Não é comparado aos anos anteriores porque também compreendemos porque tem uma intensa actividade comemorativo de 25 de Abril em Portugal, por um lado, e por outro o problema de transporte condiciona”, finalizou Nuías Silva, que observou que alguns poderiam querer vir nos dias 28 e 29 de Abril, mas não conseguiram disponibilidade de ligação entre o voo internacional e os voos domésticos.

JR/AA

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