O ministro do Turismo e Transportes disse que o Governo vai analisar melhor a retirada definitiva dos Transportes Interilhas de Cabo Verde do País, e que os direitos dos trabalhadores e dos passageiros terão de ser verificados.

Carlos Santos fez estas afirmações, depois de ser questionado pelos jornalistas, sobre o comunicado da BestFly World Wide, accionista maioritária dos Transportes Interilhas de Cabo Verde (TICV) que anunciou que vai deixar de operar em Cabo Verde por acreditar não estarem reunidas as condições para prosseguir com o trabalho que tem vindo a desenvolver.

O governante, que falava à imprensa, depois de se reunir com o Sindicato Nacional dos Pilotos da Aviação Civil e o conselho da administração da Transportes Aéreos de Cabo Verde (TACV), afirmou que neste momento dispõe de pouca informação sobre a saída da TICV de Cabo Verde.

Entretanto, assegurou que os direitos dos passageiros, das agências de viagens e dos trabalhadores da empresa terão que ser verificados.

Segundo o ministro, o Governo vai continuar a acompanhar essa situação, e a trabalhar para criar uma empresa autónoma dedicada exclusivamente aos transportes aéreos inter ilhas, e realçou que a TACV tem feito os voos domésticos temporariamente.

“Nós não podemos ser culpados por esta situação, porque é uma empresa que não conseguiu resolver todos os problemas e tomou essa decisão”, acrescentou o ministro, que disse que neste momento cabe ao Estado garantir a mobilidade dos cabo-verdianos.

“Com 78 voos semanais, nós ultrapassamos aquilo que é a fasquia do ano passado, numa situação normal, por exemplo na ilha do Fogo nós estamos a garantir cerca de 26 voos neste período festivo e já introduzimos mais 4 voos”, apontou.

Em comunicado de imprensa a BestFly World Wide, accionista maioritária da TICV, informa que tomou a difícil decisão de deixar de operar definitivamente em Cabo Verde e suspender a operação da companhia no país, tendo esse pedido de suspensão já sido apresentado junto da AAC.

Segundo a empresa de aviação a TICV foi surpreendida com a recepção, no dia 19 de Abril de 2024, de uma carta da Agência de Aviação Civil (AAC) de Cabo Verde dando conta de que, após aprovação inicial, tomou a decisão de revogar a aprovação que tinha concedido para o contrato de “wet lease” de uma aeronave mobilizada para regularizar a conectividade inter ilhas em Cabo Verde e que já se encontrava no país.

TN  com informações da Inforpress