O presidente do Sindicato Nacional dos Pilotos da Aviação Civil disse que a falta de resposta do conselho de administração da TACV – Cabo Verde Airlines obriga os pilotos e todos os tripulantes da companhia aérea de bandeira a partirem para uma greve de quatros dias.

Em conferência de imprensa, o presidente do Sindicato dos pilotos, Edmilson Aguiar, explicou as reivindicações da classe.

“Estamos lutando por padrões justos de trabalho, remunerações adequadas e atempadas, condições de trabalho de segurança face às responsabilidades que a função acarreta e um ambiente de trabalho que valoriza verdadeiramente a experiência e o compromisso dos pilotos e que terá uma implicação directa na qualidade do serviço prestado e na prestígio da empresa”, disse o  presidente do Sindicato Nacional dos Pilotos da Aviação Civil (SNPAC), Edmilson Aguiar, que reconhecei que os pilotos estão conscientes sobre o impacto que a paralisação vai ter  nos serviços da companhia.

Em comunicado, a TACV - Cabo verde Airlines avançou que a greve pode afectar os voos internacionais da companhia e que “por forma a minimizar os impactos coloca à disposição de todos os passageiros com viagens marcada entre os dias 25 e 29 de abril, a possibilidade de alterarem as datas, sem qualquer custo adicional”.

Por outro lado, em declarações à rádio pública cabo-verdiana, o presidente da Câmara de Turismo, Jorge Spencer Lima disse que o momento é inadequado para a paralisação dos voos TACV - Cabo Verde Airlines e apelou os pilotos a desistirem da greve.

“Não é altura para as reivindicações salariais, ou seja lá o que for. Eu nem sei o que é que se está a reivindicar. Só sei que há greve. Mas, por favor, pensem bem. Encontrem outras formas de luta que não seja paralisação do que já está paralisado”, disse o presidente da Câmara de Turismo de Cabo Verde.

No total, segundo o SNPAC, antes da pandemia da covid-19, a TACV tinha 49 pilotos e actualmente tem 32.

A greve dos pilotos da TACV não vai afectar os voos internos da companhia, que estão a ser operados por Air Senegal e Global Aviation, mas o sindicato avisa que na operação internacional a adesão deverá ser de 100%