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O Governo recorreu à lei e requisitou mais de 300 médicos, enfermeiros e técnicos, para garantirem os serviços mínimos no sistema nacional de saúde durante a greve de profissionais de saúde e no parlamento, durante o debate sobre o Estado da Nação, a ministra da Saúde anunciou a actualização das carreiras médicas e de enfermagem. 

Esta quinta-feira, em declarações à rádio pública cabo-verdiana, o secretário nacional do sindicato da administração pública, em nome dos sete sindicatos que representam os profissionais de saúde, Luís Fortes, afirmou que os anúncios do governo são insuficientes para travar a greve.

“Na sede das negociações da Direcção-Geral do Trabalho pedimos documentos escritos de compromisso para mostrar qual seria a tabela salarial para os profissionais de saúde, principalmente na carreira médica e da enfermagem, que estão em discussão neste momento. Não nos deram nada, continuaram a dizer números. Como é que os sindicatos vão dizer aos trabalhadores que é isso que nós temos? Se em Novembro do ano passado foram palavras, digamos promessas, mas mesmo assim nós assinamos o acordo, nove meses depois continuamos com conversas, com promessas. Posso reafirmar que os trabalhadores, enquanto não tiverem dados concretos, continuam a greve”, disse Luís Fortes.

Entre as reivindicações dos profissionais de Saúde estão a aprovação e implementação dos respectivos PCFR (Plano de Carreiras, Funções e Remunerações) das carreiras médicas, de enfermagem e do Instituto Nacional de Saúde Pública, com efeito retroactivo a Janeiro de 2024.

No parlamento, a ministra da Saúde cabo-verdiana, Filomena Gonçalves, disse que as propostas de carreira em curso prevêem, entre outros, a regularização de pendências, transição e modalidade de vinculação, tabela de remuneração e enquadramento salarial, estágio probatório e desenvolvimento profissional.

A governante explicou que no quadro da implementação dos respectivos PCFR, o salário-base de um médico especialista, que actualmente é de 109 mil escudos (988 euros), passa para 141 mil escudos (1.278 euros). Já um médico especialista no topo da carreira, vai subir de 174 mil escudos (1.578 euros) para 181 mil escudos (1.641 euros).

A greve decretada pelos sete sindicatos do sector, em que participam as diferentes classes profissionais, afecta todos os departamentos e serviços de saúde no país.

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