Penetração da rega a gota na agricultura aumentou de 27% para 56% em 2024
SOURCE: [Expresso das Ilhas]
“A subvenção aos agricultores permitiu um aumento da taxa de penetração de rega gota a gota de 27% em 2015 para 56% em 2024. A meta é atingir 67% em 2026 e 100% em 2030”, discursou o Primeiro-ministro durante o debate sobre o Estado da Nação.
“Incentivos criados recentemente para o cultivo protegido irão permitir aumentar substancialmente a produção através de estufas agrícolas menos exigentes em água”, continuou, acrescentando que a reabilitação e ordenamento de bacias hidrográficas em execução, em São João Batista de Ribeira Grande de Santiago, são grandes projetos com impacto transformador na agricultura.
Ainda no seu discurso, o Chefe do executivo afirmou que em 2026, Cabo Verde atingirá a meta de mais de 30% de electricidade produzida através de energias renováveis, até 2030 mais de 50% e até 2040, 100%.
No que se refere ainda às energias renováveis, explicou que o objectivo é reduzir a dependência da importação de combustíveis, baixar a factura energética do país, das famílias e das empresas, além de diminuir as emissões de carbono.
"A nossa opção é diversificar as fontes de água para agricultura e pecuária através da dessalinização da água do mar, da reutilização segura de águas residuais tratadas e de outras tecnologias disponíveis", acrescentou.
No seu discurso, Ulisses Correia e Silva ressaltou os investimentos em dessalinização em várias regiões do país, incluindo São Domingos, Santa Cruz e Maio, com planos de expansão para Boa Vista, São Vicente e Porto Novo.
"Entre 2016 a 2023, foram instalados 49 parques solares associados à bombagem da água, juntando aos 16 instalados antes de 2016. Faz parte do acordo de conversão da dívida celebrado com Portugal um montante para atingirmos 100% de equipamento dos sistemas de bombagem de água com energia renovável", referiu.
Também mencionou as parcerias internacionais para financiar a ação climática e ambiental.
"Montamos um sistema inovador de transformação da dívida bilateral em financiamento climático e ambiental. O Fundo Climático e Ambiental em aprovação no Parlamento é um instrumento importante para o financiamento da ação climática e ambiental, nomeadamente a transição energética, água e saneamento, conservação e proteção da biodiversidade e desenvolvimento da economia azul e da economia verde", concluiu Ulisses Correia e Silva.