Nesta conversa com o Expresso das Ilhas, Ulisses Correia e Silva, traça o retrato de um país hoje mais resiliente depois de ter sido posto à prova pela pandemia da Covid-19 e pela crise inflacionista, provocada pela guerra na Ucrânia. O Primeiro-ministro considera que o país soube fazer face a estas crises, ressaltando o crescimento económico que o país registou nos últimos dois anos pós-pandemia. “Mas não é apenas o crescimento económico. É um crescimento económico com redução do desemprego, redução da taxa da pobreza, acompanhada de políticas inclusivas e activas de empregabilidade e de inclusão e protecção social, o que demonstra que conseguimos fazer face a situações difíceis; conseguimos recuperar, estamos a relançar a economia e há um sentimento de confiança positivo, não só a nível externo, mas também dentro de Cabo Verde”, ressalta. O Chefe do Executivo diz esperar deste estado da Nação um debate clarificador, com menos fricção e com apresentação de alternativas políticas por parte da oposição.

Destaque igualmente para a integração da MEI_A na Universidade Técnica do Atlântico.

O Instituto Universitário de Arte, Tecnologia e Cultura é agora parte da Universidade Técnica do Atlântico. A integração como Unidade Orgânica na UTA foi projectada desde a criação desta universidade, com sede no Mindelo. É o culminar de um processo que abre um novo ciclo para o M_EIA, que, diz em comunicado, pretende continuar a servir o país, democratizando ainda mais o acesso — agora no sistema público — a áreas de conhecimento consideradas estruturantes na formação e educação dos jovens e do público em geral.

Falamos também sobre segurança e os mais recentes dados do Ministério da Administração Interna que dão conta da apreensão de cerca de 33 mil munições ilegais nos últimos oito anos.

Na rua, dependendo do calibre e tipo, estas munições têm preços que variam entre os 1000 e os 7500$00.

Abordamos também o mais recente Outlook do Banco Africano de Desenvolvimento sobre Cabo Verde.

Energia, transportes, educação e transformação digital, pesquisa e conhecimento, estas são as áreas onde terão de haver mudanças no país, até 2030, como mostra o último Outlook do Banco Africano de Desenvolvimento. Isto significa investir 7,3% do PIB todos os anos. Não é impossível, mas estes recursos não estão disponíveis.

Numa altura em que cada vez se fala mais em energias renováveis, fomos conhecer a mais recente aposta que está a ser feita no concelho de São Domingos que acolhe o primeiro forno solar comunitário do país. O forno, que começou a operar recentemente, permite que as mulheres locais produzam pães, bolachas e bolos sem gastar nada em lenha, gás ou electricidade.

Na opinião destaque para os artigos ‘Os Jogos Olímpicos de Paris em Números’, de José Gonçalves; ‘Conhecimento e Emoções’ de Dina Salústio e ‘Thugs, vilões ou vítimas do sistema?’ de José Mendonça Monteiro.