Assomada, 30 Jul (Inforpress) – O ministro da Cultura e das Indústrias Criativas disse hoje, em Assomada, que deixa o sector “mais produtivo da história da democracia”, sublinhando que sai do cargo com o "sentimento de mais do que dever cumprido".

O também ministro do Mar vai deixar o cargo após o debate do Estado da Nação, para focar na sua candidatura à presidência da Câmara Municipal da Praia pela lista do Movimento para a Democracia (MpD, poder), nas eleições autárquicas deste ano.

“Tudo já está arrumado para a minha saída, tanto no Mar como na Cultura. O sentimento é mais do que dever cumprido. Acho que fizemos tudo que podíamos ter feito e fizemo-la da melhor forma possível”, afirmou Abraão Vicente aos jornalistas, à margem da inauguração do busto de homenagem ao músico Norberto Tavares.

“Estes oito anos foram um mandato mais produtivo do Ministério da Cultura da história da democracia”, acrescentou.

De entre os ganhos para o sector da Cultura, destacou trabalhos feitos a nível do património, do património imaterial, reabilitações, editais lançados e elevação da Morna à Património da Humanidade.

Acrescentou ainda que o Governo liderado por Ulisses Correia e Silva foi o que fez mais homenagens públicas a grandes figuras de Cabo Verde, numa alusão aos bustos e silhuetas.

Por outro lado, notou que se tivesse havido nos últimos oito anos a revisão constitucional não tem dúvidas que o crioulo teria sido oficializado.

“Fizemos um trabalho, na minha perspectiva, extraordinário de reavivar a importância e centralidade da cultura”, congratulou-se.

No caso do Mar, avançou que vai deixar a Empresa Nacional de Administração dos Portos (Enapor) com o último semestre mais produtivo e com mais crescimento na história da instituição, um pacote de 143 milhões euros aprovado para renovação e extensão dos portos de Porto Novo, Santo Antão, e do Mindelo, São Vicente.

E ainda um outro pacote para renovação da Cabnave - Estaleiros Navais de Cabo Verde, ou seja, ajuntou que deixa o sector marítimo em um franco recuperação.

“Portanto, acho que o Governo e o mandato continuam, e, não é a minha saída que vai criar uma avaliação a meio tempo (…). Independentemente das apreciações e opiniões de cada um os factos falam por si”, finalizou Abraão Vicente.

FM/JMV

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