Cidade da Praia, 29 Abr. (Inforpress) - A Cruz Vermelha de Cabo Verde está a implementar um projecto no sector da saúde com laboratórios, centros de imagiologia, farmácias populares, gabinetes de consultas médicas e conjunto de serviços para apoiar as pessoas e auxiliar às autoridades.

Este projecto foi revelado hoje à imprensa pelo presidente da Cruz Vermelha de Cabo Verde, Arlindo Carvalho, no final da audiência de uma delegação da Cruz Vermelha Portuguesa representada ao mais alto nível pelo seu presidente, António Saraiva, à Câmara Municipal da Praia, enquanto parceiros deste projecto.

Arlindo Carvalho, que realçou a atenção da autarquia da capital aos projecto da CVCV, disse que esta organização humanitária cabo-verdiana pretende montar uma estrutura de respostas sólidas, com capacidade para intervir com eficácia, mas também com garantia de sustentabilidade.

“Estamos a montar as peças. Já temos alguns serviços para serem inaugurados, nomeadamente o Centro de Respostas à Terceira Idade, o Programa de Assistência ao Domicílio. O primeiro laboratório já está pronto, brevemente será inaugurado ao público. Já identificamos também espaços para a construção de consultórios. Compramos quatro blocos no IFH aqui na Praia”, realçou.

Nesta linha, disse que a Cruz Vermelha quer dar uma resposta muito forte no sector da saúde e equidade e que se está a montar a engrenagem, com o objectivo final de ter um sistema complementar de saúde, na óptica da Cruz Vermelha.

O sector da saúde é muito importante para Cruz Vermelha, porque lida directamente com a vida das pessoas, sintetizou, afirmando “por outro lado estamos a falar da dignidade humana”.

Arlindo Carvalho vincou que a Cruz Vermelha de Cabo Verde (CVCV) quer juntar-se à Câmara Municipal da Praia enquanto um parceiro muito importante, mais a Cruz Vermelha Portuguesa para estruturar uma solução nesta área da saúde.

Opinião reforçada por António Saraiva, da Cruz Vermelha Portuguesa, que considera neste tempo desafiante que o mundo vive e que com as ameaças geopolíticas e sociais torna-se imprescindível apoios de várias naturezas aos refugiados, aos sem abrigo, à assistência de um modo geral, pelo que enalteceu a partilha de experiência e a permuta nos bons exemplos.

“Tentamos encontrar aqui caminhos comuns já que os poderes públicos e as entidades privadas como é o caso da Cruz Vermelha, podemos reforçar estas parcerias para podermos responder mais   eficientemente, e cada vez mais, em maior número a esta também cada vez maior número de necessidades que estão instaladas no terreno”, rematou.   

O autarca da Praia, Francisco Carvalho, por sua vez, referiu a disponibilidade da autarquia em facilitar e criar pontes entre instituições, asseverando que “no final de contas são as pessoas do município da Praia que vão sair a ganhar". 

“De maneira que estamos disponíveis e abertos a cumprir com este papel com toda a disponibilidade, com toda a abertura”, reforçou.

SR/JMV
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