Paul, 29 Abr (Inforpress) – O eleito municipal da União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID, oposição) Anilton Fernandes considerou hoje “inconveniente” o empréstimo bancário que a Câmara Municipal do Paul pretende fazer para saneamento de dívidas e investimentos em época pré-eleitoral.

“Lamentamos esta decisão tardia por parte da Câmara Municipal do Paul em fazer tais empréstimos, que seria justo para os paulenses, porém, perante a responsabilidade e seriedade política, a UCID considera e acha inconveniente tais empréstimos nesta época pré-eleitoral”, declarou o eleito nas listas do partido democrata cristão.

Anilton Fernandes, que falava aos jornalistas em conferência de imprensa, explicou que a câmara paulense pretende efectuar um empréstimo bancário, sendo que anteriormente a Assembleia Municipal do Paul já tinha autorizado por unanimidade, em Março de 2023, dois empréstimos na Bolsa de Valores de Cabo Verde cuja a finalidade seria para saneamento de dívidas e investimentos municipais.

“Não obstante a dívida pública do município ser de cento e quarenta e oito milhões, duzentos e quarenta mil e duzentos e noventa escudos”, o eleito municipal da UCID no Paul considerou que por estar já no término do mandato o que lhe causa “espanto” é a edilidade solicitar um novo empréstimos e com os mesmos valores e finalidades que anteriormente tinha solicitado à Bolsa de Valores, há um ano.

E, neste sentido, Anilton Fernandes foi categórico e disse a UCID “não é de acordo” com este novo empréstimo, tendo em conta que a actual gestão camarária está sensivelmente a seis meses do termino do mandato, o que. segundo a mesma fonte, contribui para o aumento da dívida pública da autarquia.

“É de realçar que esta equipa está prestes a completar 12 anos de governação e se quisesse fazer algum investimento de forma séria para o bem dos paulenses, tê-lo-ia feito atempadamente”, concretizou Anilton Fernandes.

Conforme a mesma fonte, está à vista de todos que Paul tem vindo a “regredir” com a actual equipa camararia, “contribuindo” assim para o “empobrecimento”.

Isso porque, finalizou, há “uma falta de visão estratégica e vontade polótica” e “má gestão” camarária.

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