Fernando Elísio Freire falava à imprensa à margem da conferência “Inclusão e Sustentabilidade: Desafios e Oportunidades para o futuro da Segurança Social”, realizada pelo Instituto Nacional de Previdência Social, no âmbito das comemorações do dia Nacional da Segurança Social.

"Os principais desafios são adaptarmos a nossa segurança social e a protecção social há, neste momento, um claro envelhecimento da nossa população. Temos que adaptar a segurança social a esta nova realidade," disse.

Para enfrentar esses desafios, o ministro reconheceu a necessidade de aumentar as receitas do sistema de segurança social e ajustar os benefícios de acordo com as novas dinâmicas sociais e económicas.

"Exige que haja capacidade de aumentar a receita do nosso sistema de segurança social," observou, sugerindo que tal pode ser alcançado reforçando os graus de rentabilidade das aplicações e adaptando as prestações às necessidades actuais da população.

“Por exemplo, os diagnósticos de doenças como o câncer, as consequências, por exemplo, do AVC num cidadão, têm que ser questões que o INPS tem que passar a comparticipar e o Governo já deu essa orientação para que tal se materialize. Por exemplo, ajudar os pais com as despesas escolares, que é uma questão de oportunidade extremamente importante e há de fazer esse passo. A questão da igualdade de género, e questão salarial, que temos que trabalhar para haver uma igualdade de salário entre homem e mulher, mas também na questão das reformas”, exemplificou.

Outro ponto abordado pelo governante foi a necessidade de cuidar dos dependentes e referiu que a reforma da segurança social pretende aumentar o valor do subsídio de doença e estender a duração do benefício.

Entretanto, o ministro admitiu que a formalização da economia informal tem sido um desafio, mas ressaltou a importância da inscrição no sistema de segurança social.

"É preciso reforçarmos a sensibilização, reforçarmos a proximidade do nosso sistema de segurança social com os beneficiários," frisou.