Posição está vertida numa publicação na rede social Facebook e vem na sequência de uma “outra nota” que o político recebeu para depor no processo disciplinar contra ele, por causa da viabilização da lei da regionalização

Júlio Correia fala em “incongruência” e deixa ‘recados’ às “cabeças duras” que governam o PAICV.

O Deputado que abandonou a sala de sessões na hora da votação da lei da regionalização, a 26 de outubro, tal como José Sanches, fala em “perseguição administrativa” por parte do PAICV, algo que “não se pode aceitar”.

Numa publicação na rede social Facebook, intitulada “risível”, o antigo Ministro da Administração Interna, num dos governos do PAICV, fala na “nulidade” de um processo disciplinar que a seu ver “abre um precedente insustentável” no Partido.

Júlio Correia acusa a liderança do PAICV de “incapacidade de olhar para a árvore, numa cegueira perigosa em relação à floresta”.

“E, perante estes elementos, a lealdade e a frontalidade nos obrigam a repudiar palhaçadas políticas que apenas trazem danos de imagem ao nosso Partido e, mais ainda, a perda de credibilidade”, escreveu.

Ainda no seu texto, Correia diz que começa a “duvidar da legitimidade de certas coisas e a admitir que precisamos, antes que seja tarde, de colocar os pontos nos ii”.

Contra embuste

Quem também reagiu, via Facebook, à notificação do PAICV é o Deputado José Gomes Veiga, o único que votou contra a proposta de lei.

“Quando me preparo para os debates sobre o Orçamento de Estado, recebo uma carta do PAICV com um processo por ter votado contra o embuste de regionalização”, postou, afirmando ser “contra embuste”.

Ontem, demos conta que a Comissão Nacional de Jurisdição e Fiscalização do PAICV, já começou a notificar ou Deputados que viabilizaram a lei da regionalização, um processo que está a ser liderado por Manuel Portugal dos Reis, um militante que Júlio Correia diz desconhecer. “Honestamente desconheço esse tal Reis Portugal que me notificou”.