A empresa aponta para um crescimento operacional de 9%, com um movimento de cerca de 4.087 navios. A nível de passageiros, foram registados 740 mil, representando um crescimento de cerca de 12% em relação ao ano passado. O segmento de mercadorias cresceu 2%.

Os dados foram apresentados hoje, em São Vicente, pelo presidente do conselho de administração da ENAPOR, em conferência de imprensa. Ireneu Camacho afirma que o resultado traduz os esforços de melhoria da competitividade da empresa.

“O fundamental aqui é melhorar as nossas infraestruturas portuárias para termos navios de maior porte. Ora vejamos, nós neste momento podemos falar que os maiores navios do mundo têm 400 metros quadrados quando falamos em navios de contentores. Os portos de Cabo Verde têm uma potência muito forte, tendo em conta a sua localização geográfica. Mas é preciso que os portos também estejam adaptados para receber estes navios de maior porte e principalmente promover o transhipment. Acreditamos que o processo que nós temos em curso e a estratégia que neste momento existe para o futuro dos Portos de Cabo Verde, que passa por a subconcessão dos serviços portuários, efectivamente, vamos estar aqui a promover o tranship”, afirma.

Durante o primeiro semestre de 2024, a Enapor registou um crescimento no volume de negócio de cerca de 10%, quando se compara com 2023. A nível de rendimentos operacionais, os dados apontam para um aumento de cerca 11% em relação ao período homólogo.

Ireneu Camacho sublinha que os investimentos em curso são fundamentais para que Cabo Verde possa potenciar a sua posição e concretize a sua estratégia de internacionalização dos portos.

“Com o objectivo de melhorar a nossa eficiência portuária, melhorar também a produtividade dos portos, e nós só conseguimos melhorar a produtividade dos portos e melhorar a eficiência com equipamentos modernos e com uma nova filosofia de fazer as operações portuárias. Ora, a título de exemplo, eu posso dizer que no Porto de Vale e Cavaleiros, com uma simples mudança, nós tornamos as operações mais fáceis, operações que antigamente demoravam dias, hoje demoram horas, e isto tem um impacto directo no que é que são os operadores económicos, porque as mercadorias estão mais rápidas no mercado e tem um impacto também nos armadores, porque os navios demoram menos tempo no porto, paga menos e desloca mais rápido para os outros portos”, refere.

O presidente do conselho de administração da Enapor destaca o investimento nas infraestruturas e equipamentos portuários, no âmbito do projecto Global Gateway como “fundamentais” para melhoria da eficiência dos portos nacionais e na consolidação do destino.