O biólogo e diretor executivo da ONG Projecto Biodiversidade, Albert Taxonera, considerou, no Sal, que a principal acção para gestão das áreas protegidas na ilha é a sinalização das zonas para que os visitantes possam identifica-las.

O ambientalista falava quarta-feira, 10, no final de mais uma etapa de sinalizações que o projecto realiza na ilha, em parceria com o Governo, desta feita na Reserva Natural da Baía da Murdeira.

“Trata-se da única área protegida 100 por cento (%) marinha e a nível da biodiversidade é um dos principais locais onde se pode ver a baleia de bossa, e durante anos pode-se observar muitas espécies de cetáceos, sendo ainda uma das praias de desova de tartarugas marinhas”, explicou o biólogo.

A mesma fonte lembrou que dentro da baía podem ser encontradas também muitas espécies de corais e de tubarões, pelo que disse que se trata de uma área “muito rica” em biodiversidade.

Este projeto de sinalização é o segundo na ilha do Sal, depois da Reserva Natural da Costa Fragata, no sul da ilha, mas a intenção, conforme com Taxonera, é continuar o mesmo trabalho nas outras reservas naturais da ilha.

“Acreditamos que é muito importante identificar as reservas, porque se dissermos que são muito importantes e o povo ou os turistas que visitam a ilha não conseguem identificar onde ficam essas reservas não faz nenhum sentido”, continuou.

Albert Taxonera referiu ainda que o objectivo da sinalização é informar aos visitantes para que depois, tendo conhecimento que se trata de uma área protegida, serem responsáveis pelas suas ações.

Por seu lado, o vereador da Câmara Municipal do Sal para área do Ambiente, Francisco Correia, disse que se trata de um “gesto pequeno”, mas que tem “uma grande relevância” para a ilha.

“Sal é uma ilha pequena em que cada um deve lutar para proteger as espécies endémicas (…), este é um trabalho que vai sinalizar e delimitar a circulação de veículos bem como informar aos visitantes onde podem ou não circular”, frisou o vereador.

O referido projecto de sinalização das áreas protegidas, da autoria do Ministério da Agricultura e Ambiente, implementado na ilha Sal pela ONG Projeto Biodiversidade, conta com parcerias da Câmara Municipal do Sal, da Turinvest e do Instituto do Turismo de Cabo Verde.

A Semana com Inforpress