A cerimónia foi presidida pelo Primeiro-ministro, José Ulisses Correia e Silva, acompanhado do Vice-Primeiro Ministro, Olavo Correia, e do Ministro da Cultura e das Indústrias Criativas, Abraão Vicente.

José Ulisses Correia e Silva afirmou que o compromisso que assumiram com o AME e o Kriol Jazz Festival e por serem dois eventos com marca nacional e internacional.

“Não é um mero protocolo com um evento. São eventos que já são referências, nacionais e internacionais, que conseguem posicionar Cabo Verde no seu maior produto cultural, que é a música, com impacto nos parques internacionais, quer para os artistas, quer para os nossos produtores”, sublinha.

Segundo o Primeiro-ministro, posicionar Cabo Verde num mundo de arte, da cultura, neste caso, muito especial, da música é um dos critérios para a assinatura deste protocolo.

“Porque andar atrás de recursos todos os anos, sem ter certeza e sem ter garantia dos valores, e sem ter prazos, dificulta a programação, dificulta o financiamento. E creio que este é o maior ganho, a garantia de que nós temos valores, temos prazos e temos duração. Particularmente o prazo de desembolso, que é um factor também importante”, indica.

Nessa linha, o Chefe do Governo disse que o impacto que esperam que venha a ser produzido vai dar ainda mais motivação para melhorar ainda mais a qualidade. “Quer Kriol Jazz Festival, quer AME, já são marcas maduras no mercado cabo-verdiano, a sua qualidade, a sua projecção. Mas nós todos ambicionamos que possamos ir ainda mais além”.

Por seu lado, o diretor geral do AME, Augusto Veiga destacou que esta assinatura de protocolo garanta a continuidade do projecto por mais cinco anos e a estabilidade financeira do mesmo, “pois representa mais de 50% dos nossos últimos orçamentos e vai permitir à equipa trabalhar com mais tranquilidade para o futuro”.

“Agradecemos a visão cultural e económica do Governo, através da sua Excelência Primeira-Ministro, do Vice-Primeiro-Ministro, do Ministro da Cultura e das Indústrias Criativas e também do Ministério dos Transportes e Turismo”, cita.

Para Augusto Veiga, este evento é uma mais-valia para a economia e turismo de Cabo Verde. “Para além da parte cultural, com provas dadas a nível de retorno a todos os níveis e nos exige mais responsabilidade para elevar a fasquia nos próximos anos, a começar já na próxima edição de 7 a 10 de Abril de 2025, para a qual já iniciamos as inscrições a 5 de Julho passado, que estarão abertas durante dois meses”.

“Prometemos tudo fazer para honrar este protocolo e fazer mais e melhor nas próximas edições, com bons showcases, conferências e workshops de qualidade, convidados de referência que possam fazer a diferença na vida dos nossos artistas. Não podemos esquecer os nossos parceiros do setor privado, com quem esperamos poder continuar a contar, a bem da música, dos artistas e bandas, a bem da Cultura e, principalmente, a de Cabo Verde”, garante.

O diretor geral do AME aproveitou a ocasião para anunciar que o evento já é parceiro também do Governo, através do Ministério da Saúde, no âmbito do Ano da Saúde Mental, uma área de extrema importância para o setor das artes no geral.

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Já o produtor e diretor do Kriol Jazz Festival, José da Silva, frisou a importância deste protocolo com o Governo, pelo que prometeu melhorar o festival, melhorar a programação e melhorar a comunicação. “E esperamos também que consigamos mais financiamento do lado privado para chegarmos ao nosso orçamento antes da pandemia. Claro que, depois da pandemia, perdemos cerca de 10 mil contos de financiamento”.

José da Silva destacou que o Kriol Jazz Festival é uma marca internacional e que não é fácil fazer um festival de jazz a nível de qualquer festival de jazz na Europa.

“O festival de jazz é o mais caro que tem no mundo, então, esse financiamento vai nos ajudar a melhorar o festival, promover o festival fora. Cada vez mais. Quer dizer, promove o Cabo Verde também lá fora”, garante.