O chefe de Estado são-tomense começou por lembrar que a história que une São Tome e Príncipe e Cabo Verde vem de longe, sublinhado que os laços que unem os dois povos os transformaram num só.

“Estamos numa semana em que comemorámos a mesma idade histórica, 49 anos, mas a nossa história começou há muito tempo, confundimo-nos em São Tomé. Eu digo que a maneira mais fácil de lidarmos com a questão é que em São Tomé há são-tomenses, não há cabo-verdianos. Se calhar em Cabo Verde haverá também cabo-verdianos e não haverá santomenses”, explicou.

Carlo Vila Nova falava à imprensa, depois do encontro que manteve com o homólogo cabo-verdiano, José Maria Neves, manifestou o desejo de continuar a reforçar os laços de amizade e a cooperação entre os dois países.

“Eu espero agora que nós, os actores políticos dos nossos países, possamos fazer cada vez mais melhor. Para reforçar ainda mais esta relação que já existe de amizade, de cooperação e que ela seja fortalecida a cada dia para o melhor”, acrescentou.

Por seu lado, o chefe de Estado de cabo Verde admitiu que o país tem o dever de agradecer às autoridades são-tomenses que trabalharam sempre para a boa integração da comunidade cabo-verdiana.

“Nós temos das mais importantes comunidades cabo-verdianas espalhadas pelo mundo aqui em São Tomé e Príncipe. E esta visita é um dever de gratidão pela forma como receberam e pela forma como os cabo-verdianos foram também integrados”, reconheceu.

José Maria Neves, que está em São Tomé e Príncipe para participar nas cerimónias do 49º aniversário de independência do país, referiu que os dois países vão “lançar juntos” a “caminhada rumo à comemoração dos 50 anos”.

“O cinquentenário é um momento marcante na vida dos nossos dois países. Nós, que estivemos tão próximos, estamos a comemorar juntos os 49 anos e vamos lançar juntos esta caminhada rumo à comemoração dos 50 anos, na perspectiva não apenas de fazermos o balanço do que fizemos bem, do que precisamos melhorar, mas, sobretudo, de projectar um futuro melhor para os nossos dois países”, concluiu.