O primeiro debate televisivo entre o público e os candidatos presidenciais nas eleições de outubro em Moçambique começa hoje, uma iniciativa que visa “dar espaço para apresentação pública das ideias” dos quatros concorrentes, avançam os organizadores.

O primeiro diálogo tem como convidado Lutero Simango, candidato a Presidente da República apoiado pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceira força política de Moçambique, e que também é o primeiro posicionado no boletim do voto, indica-se num comunicado do Fórum de Reflexão e Políticas Públicas (Forepp), entidade organizadora.

Os debates terão lugar no anfiteatro da Universidade Politécnica, em Maputo, e serão transmitidos em direto pelo canal televisivo privado STV, a partir das 17:00 (16:00 de Lisboa), acrescenta-se no comunicado.

“Os candidatos abordarão nos encontros as suas principais ideias nos mais variados campos da vida do país, entre os quais a economia, cultura, comunicação social e defesa e segurança. Em cerca de duas horas, além de apresentarem o que pensam sobre Moçambique também responderão a perguntas colocadas por integrantes de um painel de especialistas e do público presente”, lê-se na nota da organização.

Para além da Universidade Politécnica e STV, os diálogos acontecem em parceria com o Centro de Pesquisa em Políticas Públicas Kaleidoscopio.

O Conselho Constitucional aprovou, em 24 de junho, as candidaturas de Daniel Chapo, apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), no poder, Ossufo Momade, apoiado pela Renamo, maior partido da oposição, Lutero Simango, suportado pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceira força parlamentar, e Venâncio Mondlane, apoiado pela CAD, para o cargo de Presidente da República.

As eleições presidenciais vão decorrer em simultâneo com as legislativas e eleições dos governadores e das assembleias provinciais.

O atual Presidente da República e da Frelimo, Filipe Nyusi, está constitucionalmente impedido de voltar a concorrer para o cargo, porque cumpre atualmente o segundo mandato na chefia de Estado, depois de ter sido eleito em 2015 e em 2019.