Porto Novo, 08 Jul (Inforpress) - A presidente da Comissão Política Regional do PAICV (oposição) em Santo Antão, disse hoje, no Porto Novo, que “não se pode relativizar e banalizar” o facto de a autarquia porto-novense ter sido, semana passada, alvo de buscas.

Em conferência de imprensa, Elisa Pinheiro entendeu que “por mais que se queiram, não se pode relativizar e banalizar o que aconteceu no município do Porto Novo”, considerando que a operação de buscas levada a cabo pelo Ministério Público e Polícia Judiciária, a 02 de Julho, foi “uma situação inédita, vergonhosa e um golpe profundo no orgulho e na dignidade dos porto-novenses”.

A líder do PAICV em Santo Antão acusou o edil Aníbal Fonseca de “tentar enganar novamente a população menos informada” com o argumento de que “as denúncias apresentadas são infundadas”.

Para Elisa Pinheiro, é “falsa a versão” do autarca de que a operação de busca e apreensão de documentos feita na câmara municipal, no jardim infantil o “Ninho”, na residência da vereadora Maísa Pinto e na repartição das Finanças são “diligências em situações normais, procedimentos regulares dos serviços da inspeção, iguais às que estão sendo feitas em outras câmaras municipais do País ou então que se encontram relacionadas com a gestão do fundo de ambiente”.

“Nada mais falso. Todos sabem que se não houvesse provas claras e concretas nas denúncias, a Procuradoria-Geral da República (PGR) não se deslocaria ao Porto Novo”, notou a responsável, considerando que “a imagem de policiais carregando vários documentos da câmara municipal” demonstra que as denúncias não são infundadas.

“E para um melhor esclarecimento da opinião pública sobre a origem e os motivos das investigações realizadas na câmara do Porto Novo, sugerimos aos porto-novenses e outros interessados que consultem o comunicado da PGR”, concluiu.

Em comunicado divulgado a 04 de Julho, a PGR admitiu que a denúncia feita pelo PAICV contra o presidente da câmara do Porto Novo e a vereadora Maísa Pinto são “susceptíveis de integrar, em abstrato, a prática de crime de peculato, abuso de poder e tráfico de influência”, encontrando-se o processo em investigação, permanecendo em segredo de justiça.

JM/CP

Inforpress/Fim