O exército israelita reivindicou a responsabilidade pelo ataque aéreo hoje de madrugada, que descreveu como um "ataque preciso a uma base do Hamas situada no interior de uma escola da UNRWA na região de Nousseirat" (centro), que eliminou "vários terroristas".

O número anterior de mortos, indicado pelo gabinete de imprensa do Hamas, era de 27.

Os militares israelitas afirmaram que os "militantes do Hamas" estavam a atuar a partir do interior da escola.

O ataque ocorreu depois de as Forças Armadas de Israel terem anunciado uma nova ofensiva terrestre e aérea em vários campos de refugiados no centro de Gaza, perseguindo os militantes do Hamas que, segundo as autoridades israelitas, se reagruparam nesses campos.

As tropas israelitas voltam a invadir secções da Faixa de Gaza que já tinham invadido anteriormente, sublinhando a resistência do Hamas apesar da ofensiva de quase oito meses no enclave.

Segundo testemunhas e funcionários do hospital, o ataque da madrugada atingiu a escola al-Sardi, gerida pela agência das Nações Unidas para os refugiados palestinianos.

O edifício albergava cidadãos palestinianos que tinham fugido das ofensivas e dos bombardeamentos israelitas no norte de Gaza, disseram fontes locais citadas pela Associated Press.

Ayman Rashed, um homem deslocado da cidade de Gaza que estava abrigado na escola, disse que os mísseis atingiram salas de aula no segundo e terceiro andares, onde as famílias estavam abrigadas.

O sobrevivente disse que ajudou a retirar cinco mortos, incluindo um idoso e duas crianças.

"Estava escuro, não havia electricidade, e tivemos dificuldade em retirar as vítimas", disse Rashed.

O Hospital dos Mártires de Al-Aqsa, na cidade vizinha de Deir al-Balah, diz ter recebido pelo menos 33 mortos do ataque, incluindo 14 crianças e nove mulheres, segundo os registos do hospital e o relato de um repórter da Associated Press no hospital.

Outro ataque a uma casa durante a noite matou seis pessoas, de acordo com os registos.

Ambos os ataques ocorreram em Nuseirat, um dos vários campos de refugiados construídos em Gaza, que remonta à guerra de 1948 quando centenas de milhares de palestinianos fugiram ou foram expulsos dos locais de residência antes do estabelecimento do Estado de Israel.