O governante reagia assim a algumas preocupações que vêm sendo levantadas pelos estivadores do Porto da Praia, os quais têm revelado “algum receio” relativamente às condições laborais e, sobretudo, ao salário.

“O processo de subconcessão dos serviços portuários é necessariamente um processo complexo, a nível financeiro, económico e a nível de escolha dos parceiros”, afirmou, acrescentando que se está ainda num momento muito inicial em que todas as informações estão a ser passadas à classe de estiva.

Mas, conforme Abraão Vicente, o facto de o país estar a vivenciar um período pré-eleitoral, e sendo ele um candidato às autárquicas, tem havido pessoas que “não estão interessadas no total esclarecimento” deste negócio.

“Claramente há pessoas a tentar criar ruídos dentro dos trabalhadores de estiva”, acusou o ministro, advertindo que os processos não se misturam e que este alerta vai no sentido de as pessoas compreenderem que existe boa fé no processo, e para o bem da empresa, dos trabalhadores e funcionários da própria Enapor.

“Portanto, o que eu quero aqui é de facto eliminar qualquer sombra de dúvida, de que o processo está a ser conduzido com lisura e que os representantes da classe serão ouvidos no mais profundo processo possível para que haja todos os acordos possíveis neste processo”, afiançou.

Abraão Vicente reforçou ainda afirmando que com a subconcessão dos serviços aeroportuários não haverá perdas de direito e nem perdas de postos de trabalho, mas que será sim um processo benéfico para os próprios estivadores.