O capitão de marinha mercante Manuel Ramos disse hoje à Inforpress que se vai candidatar à presidência da câmara de São Vicente nas próximas autárquicas porque quer colocar a ilha no “patamar sócio-económico que ela merece estar”.

Manuel Ramos, também conhecido em São Vicente como Goya, orquestrou uma candidatura independente nas eleições autárquicas em São Vicente em 2012, junto com o então líder do Movimento Independente para Inovação e Desenvolvimento de São Vicente, Alcindo Amado, mas a candidatura foi rejeitada pelo tribunal.

Agora, 12 anos depois, prepara-se para uma nova candidatura, também independente, mas, desta vez como cabeça-de-lista para “reverter a má fase que São Vicente atravessa”.

Goya Ramos revelou que já se encontra no terreno a recolher assinaturas de pessoas e está prestes a completar as 500 subscrições exigidas.

“Eu sei que estar numa lista independente é uma causa difícil, porque a maioria das pessoas têm os seus próprios partidos. Mas, vou insistir com perseverança para que os eleitores possam aderir à minha lista independente, sem medo e sem represálias, para ajudar São Vicente que anda a cambalear-se”, afirmou Goya.

Segundo a mesma fonte a sua candidatura é um “projecto de todos aqueles que gostam da ilha de São Vicente e que realmente estão interessados na melhoria da qualidade de vida das suas gentes”.

“Quero resgatar a nossa câmara municipal e devolvê-la ao povo de São Vicente, para juntos possamos trabalhar no sentido de colocar a nossa ilha no patamar sócio-económico que merece estar”, acrescentou, prometendo ser um presidente que dialoga com as pessoas, que escuta os anseios e necessidades dos sanvicentinos e que soluciona projectos para os mesmos.

O candidato garantiu que encabeça um projecto de “todos os que não tiveram voz até agora, dos que se desiludiram com a política instigada até ao momento, dos que acreditam que a política não se esgota nos políticos e não é a sua propriedade privada”.

“Chegou a hora da grande, determinada e corajosa opção de actuar, de acreditar em São Vicente. Chegou o momento de não continuar de fora, chegou a hora de travar as dúvidas e de combater a maledicência, chegou a oportunidade da esperança e da confiança no nosso futuro colectivo”, afirmou, referindo que também pensa estabelecer políticas para a camada mais pobre da população e para os jovens, para que tenham acesso a terrenos e consigam construir uma habitação própria, ajudando a resolver o défice de habitação que existe na ilha.

Goya também propõe estabelecer geminações e parcerias com outras cidades para benefício de São Vicente e criar outro sistema para atendimento de utentes na câmara municipal.

“É preciso agilizar os processos para que as pessoas não façam da câmara um dormitório para poder tratar os seus assuntos e nem as obrigar a estar à espera em filas por longas horas”, prometeu, assegurando que se for eleito não será factor de perturbação das instituições.

“Vou garantir a estabilidade e regular funcionamento das instituições. Não presidirei de braços cruzados ao desgoverno da ilha de São Vicente. Comprometo-me ainda, a prestar contas, honrar as minhas propostas, assumir as minhas responsabilidades e deveres do cargo e as consequências dos meus actos”, arrematou.

A Semana com Inforpress