A Zona Económica Especial Marítima de São Vicente (ZEEM-SV) terá a partir de agora um Balcão Único digital que criará uma “relação directa” e trará “diversas vantagens” para os investidores tanto nacionais, como internacionais.

A garantia foi dada nesta segunda-feira aos jornalistas pelo primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, que presidiu ao acto de apresentação do Balcão Único da ZEEM (BUZ) e o respectivo regulamento, num dos hotéis da cidade do Mindelo.

Segundo a mesma fonte, este projecto é importante porque cria uma relação directa através de serviços digitais, e evita o operador andar de serviço em serviço para conseguir fazer uma operação, por exemplo, de licenciamento, de abertura da empresa, operação de criação de condições para a sua instalação.

“Temos um ponto único de entrada e um ponto único de saída na relação com os investidores, isto vai fazer uma diferença muito grande”, advogou Ulisses Correia e Silva, para quem este é um dos projectos “mais abrangentes” criados em Cabo Verde.

Com a sua efectivação, asseverou, vai-se agora acelerar o processo de instalação da ZEEM-SV, criada há cerca de quatro anos para atrair investimentos privados em sectores considerados como prioridades, desde operações portuárias, operações de reparação e construção naval, pescas, turismo ligado ao mar, produção de energias renováveis.

“Eu não tenho dúvidas do caminho que nós estamos a traçar, porque às vezes pode levar mais tempo, mas é preferível fazê-lo bem, e fazê-lo com segurança e garantia. Não iremos criar algo que depois a burocracia mata, e temos muita burocracia em Cabo Verde que estrangula os investimentos”, considerou o primeiro-ministro, “confiante” no avanço que deverá acontecer.

O chefe do Executivo asseverou que já existem empresas interessadas nesse investimento, tanto sediadas em Cabo Verde, como outras no estrangeiro, e vai-se intensificar a fase de promoção, nos diversos mercados, de São Vicente e a sua zona económica especial.

Como um dos engenheiros responsáveis pelo projecto, Hélio Varela admitiu que o BUZ tem “características muito interessantes” por ser a primeira solução em Cabo Verde que é nativa digital.

“Foi desenvolvido a pensar unicamente no investidor externo, que vai entrar do ponto de vista digital e vai poder navegar na administração pública 100% de forma digital, sem papéis, sem documentações manuais, sem ter que se deslocar inclusivamente a Cabo Verde”, explicou.

Através da plataforma pretende-se, conforme a mesma fonte, “desburocratizar, agilizar, integrar as instituições públicas para que haja uma porta única para o investidor”.

O BUZ foi apresentado hoje, no Mindelo, juntamente com parte da sua regulamentação, mas a ideia, de acordo com o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, é o efectivar por fases e este estar totalmente operacional em 2025.

 

A Semana com Inforpress