Jovens do Património Cultural de diferentes países africanos partilham experiências arqueológicas subaquáticas
SOURCE: [A Semana]
Um grupo de doze jovens profissionais do Património Cultural nos domínios de arqueologia de diferentes países africanos partilha experiências sobre pesquisas arqueológicas subaquáticas, observando as potencialidades existentes no continente africano e os desafios para a sua protecção.
O grupo de jovens, nomeadamente de Cabo Verde, Senegal, Comores, Eritreia, Gâmbia, Quénia, Moçambique e Marrocos, vai estar reunido na Cidade Velha onde irá decorrer o primeiro Chantier-École Internacional de Arqueologia Subaquática, nos dias 01 e 14 de Junho, no quadro do 15º aniversário da sua classificação a Património Mundial.
Segundo uma nota de imprensa, o Chantier-École coincide com a celebração do Dia Mundial dos Oceanos 2024, que contará com uma conferência Internacional, no dia 07 de Junho sobre "O Património Cultural Subaquático na Década das Nações Unidas para as Ciências Oceânicas".
Os participantes, que durante estes dias terão a oportunidade de aprofundar os seus conhecimentos e partilhar experiências neste domínio, serão orientados por especialistas da Universidade Nova de Lisboa e da UNESCO.
A componente prática da formação, conforme a mesma fonte, decorre nos naufrágios do ancoradouro da Cidade Velha e num sítio de naufrágio ligado ao comércio transatlântico junto ao Ilhéu de Santa Maria na Cidade da Praia, utilizando metodologias e técnicas de arqueologia subaquática para estudar os vestígios arqueológicos submersos.
A acção de formação contempla também uma componente de estudo das colecções associadas aos referidos naufrágios, no Museu de Arqueologia da Praia, nomeadamente em relação à documentação e digitalização dos mesmos.
"Esta iniciativa vem reforçar os ganhos do projecto Concha e Margullar I e II e será uma oportunidade singular para o país, tendo em conta o valioso património subaquático que conserva e as novas dinâmicas em curso para a sua protecção e valorização, nomeadamente através da criação dos parques arqueológicos subaquáticos”, refere a mesma nota.
Promovida pelo Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas, através do Instituto do Património Cultural (IPC), a iniciativa conta com o financiamento da UNESCO através do Escritório Regional em Dakar no quadro dos programas para a implementação da Convenção para a Salvaguarda do Património Cultural Subaquático, instrumento internacional de combate a exploração comercial e pilhagem de sítios arqueológicos em todo o mundo.
Também, com a parceria da Cátedra UNESCO "O Património Cultural do Oceanos", sediada na Universidade Nova de Lisboa (Portugal), e o clube de mergulho Santiago Dive Center de Cabo Verde.
A Semana com Inforpress