Cidade da Praia, 17 Mai (Inforpress)- O Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV-oposição) afirmou hoje, durante a cerimónia de comemoração do Município da Praia, que ainda há desafios a serem vencidos, não obstante os investimentos já feitos.

O líder Municipal da Bancada do PAICV, Aquiles Barbosa, ao discursar na sessão solene do Dia do Município da Praia, que se assinala a 19 de Maio, evidenciou que a história da Praia é feita de encontros de culturas, de lutas travadas e vencidas e, sobretudo, de prosperidade.

A seu ver, a cidade capital é berço de milhares de cabo-verdianos, sendo o maior centro urbano do país, o principal polo de desenvolvimento, uma placa giratória de negócios e investimentos, contribuindo com mais de 45% para a formação anual da riqueza nacional.

“Praia sabe hoje de onde veio, sabe hoje em 2024 onde chegou e o que quer com o seu futuro, que vai depender das escolhas que fizermos e do compromisso que estabelecemos com o município”, apontou Aquiles Barbosa.

Assegurou que ao longo destes quatro anos foi testemunhado o crescimento e transformação da Capital desde as belezas arquitetônicas, a riqueza da cultura, das tradições e "morabezas".

Reconheceu, no entanto, que ainda há desafios a serem vencidos, com desigualdades sociais a serem superados, e soluções a serem encontradas.

De acordo Aquiles Barbosa a Cidade da Praia alberga 30 por cento (%) do tecido empresarial do arquipélago, tem cerca de 18% da população pobre, 21.1% parque habitacional e 44 mil agregados e cerca de 30% da população do país, e perante estes dados considera que o município não pode “desmerecer” a atenção do país.

“Ao olharmos para trás, sentimos orgulhosos de todas as conquistas alcançadas. Investimentos na área social, educação, saneamento básico, saúde, segurança têm sido prioridades na nossa gestão, buscando sempre o bem-estar e cuidado de vida da nossa população”, frisou.

Fez referência ainda que em democracia as “responsabilidades são partilhadas”, salientando que a perseguição, o julgamento em praça pública, o desrespeito pelos dados pessoais, e o bloqueio institucional “não podem e nem devem fazer escola no país e na capital”, garantindo o compromisso com a transparência, a ética e a gestão da coisa pública.

Para o líder Municipal do PAICV, a Praia é uma cidade cosmopolita que ocupa uma posição central na política e na economia cabo-verdiana “merece de tudo e mais um pouco”.

OS/JMV
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