São Filipe, 17 Mai (Inforpress) – O ministro-adjunto do primeiro-ministro para Juventude e Desporto, Carlos Monteiro, disse hoje que o objectivo da realização dos fóruns é o de criar espaços onde os jovens possam debater, projectar e participar nas decisões sobre políticas públicas.

Carlos Monteiro, que presidiu hoje, na cidade de São Filipe, a abertura do Fórum Regional da Juventude das ilhas do Sotavento sob o lema “Futuro inclusivo: juventude resiliente e vida saudável”, realçou que o objectivo é criar espaços de debate, interacção entre jovens e instituições políticas e parceiras ligadas às temáticas que impactam o presente e futuro dos jovens.

“Aproximar e permitir que os jovens possam estar cada vez mais perto do centro do poder e conectá-los às oportunidades” constitui igualmente finalidade do fórum, tendo o ministro-adjunto instado os jovens a verem as oportunidades que existam além do seus municípios, ilha e país, e ver as oportunidades existente no continente africano, que hoje é reconhecido como o com mais oportunidade para juventude.

Para que os jovens possam estar mais próximos dos temas de desenvolvimento e participem na tomada da decisão e que estão sendo implementados os conselhos consultivos municipais de juventude, destacou Carlos Monteiro.

A mesma fonte vincou que os jovens devem participar nas decisões relacionadas com políticas públicas com impacto na juventude.

Neste ano das eleições autárquicas, o ministro-adjunto instou os jovens a participarem nas eleições municipais que têm um impacto directo e diário nas vidas dos jovens.

Depois de discorrer sobre Youth Connekt Cabo Verde e africana, o ministro da Juventude e Desporto fez “mea culpa”, como disse, pela ausência dos jovens na conferência internacional sobre a “democracia e boa governação” realizada na ilha do Sal.

A mesma fonte, neste item, defendeu uma quota de jovens em todas as conferências internacionais que venham a realizar, a começar pelo fórum sobre desenvolvimento e investimento em Cabo Verde, a realizar no próximo mês na ilha do Sal, para que possam debater e dar o seu contributo.

Ainda relacionado com a participação, Carlos Monteiro lamentou o facto de se terem menos jovens do que as vagas que estavam disponíveis para o fórum regional da ilha Fogo, ficando oito vagas por preencher e todas destinadas à ilha anfitriã.

O ministro-adjunto salientou que 2024 foi declarado como ano de saúde mental e que o primeiro tema a ser tratado está relacionado com esta temática.

Por sua vez, o presidente da Câmara Municipal de São Filipe, Nuías Silva, disse que o fórum regional é “importante” porque a juventude é a “força motora” do desenvolvimento de qualquer sociedade.

“Não podemos almejar sociedades desenvolvidas se não apostarmos na força motora daquela sociedade que é a juventude”, disse o edil, esperando que o evento seja um espaço de reflexão para projectar a região do Sotavento com jovens criadoras e resilientes, capazes de usar os instrumentos para se formarem e constituírem elemento transformador da sociedade.

Para Nuías Silva, os jovens, para contribuir para a transformação da sociedade, devem ser saudáveis no corpo e na mente, razão pela qual atribui “grande importância” ao tema do fórum.

A nível local disse que a sua câmara tem “apostado fortemente” no sector da juventude e toda a sua política tem estado virada para criar instrumentos e infra-estruturas capazes de empoderar a juventude, apontando uma série de intervenções nos vários dominós que impactam a vida presente e futuro dos jovens.

Este referiu que a ilha do Fogo está “prenhe de oportunidades” para jovens, que têm de ter iniciativas e responsabilidade para agarrarem as oportunidades que aparecem no dia a dia.

JR/AA

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