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“Os alunos cabo-verdianos que frequentam o ensino superior em Portugal são dos melhores. Primeiro são os melhores alunos cabo-verdianos; em segundo lugar, estes alunos seleccionados pelo Governo de Cabo Verde são cerca de 400 por ano, são alunos de excelência mesmo em Portugal e conseguem acompanhar as aprendizagens em Portugal”, sublinha o ministro da Educação de Cabo Verde, Amadeu Cruz.

O governante considera que não tem havido dificuldades no leque de alunos que anualmente o Governo de Cabo Verde coloca em Portugal. Nesse sentido, o ministro não olha para a questão do “semestre zero” numa perspectiva negativa, mas sim como uma possibilidade para explicar os fundamentos da reforma curricular no ensino secundário.

“Aliás, é por causa destas questões que nós estamos a implementar a reforma curricular, particularmente no ensino secundário que visa exactamente o alinhamento do perfil de saída do 12º ano com o perfil de ingresso no ensino superior, quer aqui em Cabo Verde, quer nos países nossos parceiros, Portugal é o exemplo mais sintomático. Nós temos que, de facto, alinhar e convergir em termos de qualidade do ensino para que não haja disparidades”, acrescenta.

Amadeu Cruz espera que não haja necessidade de aplicação da medida em Portugal e insiste que “não faz nenhum sentido que seja aplicável aos estudantes cabo-verdianos”.

A implementação de um “semestre zero” para a integração dos estudantes vindos dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) para os estabelecimentos de ensino superior em Portugal é uma das principais sugestões oriundas do “Perfil do Estudante dos PALOP nas Instituições do Ensino Superior em Portugal: caracterização, expectativas, constrangimentos”, estudo realizado entre 2015 e 2021 e agora divulgado. O documento sugere um período preparatório para os alunos estrangeiros para favorecer a integração e responder à forte procura, principalmente nas instituições do interior do país.

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