A empresa pública de produção e distribuição de água e energia (Electra) aumentou em 2023 mais de quatro mil clientes no regime pré-pago e mais de 17 mil na tarifa social de electricidade, avançou o PCA.

De acordo com dados adiantados pelo presidente do conselho de administração (PCA) da Electra, Luís Teixeira, em conferência de imprensa na quinta-feira, 16, no Mindelo, a empresa em geral, aumentou o número de clientes no ano passado, com destaque para a electricidade pré-paga que tem sido “muito procurada”.

“Neste momento temos mais de 13 mil dotados, mas só no último ano aumentamos mais de quatro mil pré-pagos”, sublinhou, referindo-se a aumentos também nos pós-pago, cerca de mil clientes, e na água, que conseguiu “mais de 1.300 clientes”.

Entretanto, os ganhos, conforme a mesma fonte, também se estendem ao âmbito social, no qual se atingiu “mais de 17 mil clientes” na tarifa social de electricidade e “mais de mil” na tarifa social da água, sector que a Electra só tem as ilhas de Sal e São Vicente a nível das vendas.

Ainda em termos de outros resultados económicos e financeiros, Luís Teixeira fez um balanço “muito positivo” apesar do resultado liquido negativo de 231 mil contos.

“Mas se nós compararmos com 2022, em que tivemos resultados negativos de 781 mil contos, estamos a falar de uma melhoria, de uma recuperação de cerca de 549 mil contos, ou seja, mais de 70%”, explicou o PCA.

Uma “performance extraordinária” que disse estar ligada principalmente às tarifas de vendas nas associadas, que foram actualizadas em Janeiro e Junho de 2023, permitindo à Electra receber mais três custos nas facturas.

Através desta actualização, elucidou, a empresa também está a receber o deficit tarifário que estava acumulado, o que acontecerá durante os próximos dois anos.

Em termos de alguns indicadores mais operacionais, Luís Teixeira realçou a produção de electricidade que atingiu 482 Giga Watts/hora (GWh), sendo 84% de origem térmica, 14,6% eólica e 1,4% solar.

Contudo, mesmo com este cenário de “bons resultados”, a Electra continua a enfrentar dificuldades no que toca ao controlo das perdas, reduzidas para 24%, menos de 0,4 pontos percentuais comparado com 2022, mas ainda assim “insatisfatórios”, tal como considerou a mesma fonte.

“As perdas vão continuar a ser um desafio para a empresa nos próximos anos, temos que chegar a valores mais próximos do razoável, 24% ainda é muito alto e tem impactado negativamente nas contas da empresa”, advertiu Luís Teixeira.

A Semana com Inforpress