O secretário do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (Sintap) disse hoje à Inforpress que vai pedir um encontro com o Governo “brevemente” para analisar a regulamentação das carreiras e o índice de remuneração dos médicos e enfermeiros.

Segundo Luís Lima Fortes, o Sintap congratula-se com o eventual consenso entre o Ministério da Educação e os professores após o comunicado do Governo a informar sobre a proposta de índice 100 para a tabela salarial dos professores. 

No entanto, revelou que em relação à situação dos médicos e enfermeiros, que também tem uma carteira para ser apresentado até o final de Junho, o sindicato espera que o Governo volte a sentar-se à mesa para dialogar sobre duas questões “extremamente importantes”, relativamente à publicação do Plano de Carreiras, Funções e Remunerações (PCFR), dos médicos e dos enfermeiros, que é a regulamentação das carreiras e o índice de remuneração.

“Já vimos que o Governo e o Ministério da Educação conseguiram revelar qual é que é o acordo em termos de montante, que é índice 100 para os professores, nós também queremos fazer isso. Também queremos negociar um valor para os médicos e enfermeiros”, informou.

Segundo Luís Lima Fortes, no mês de Abril, o sindicato apresentou uma proposta ao Governo e agora pretende saber deste qual é que é a proposta.

“Nós não queremos esperar simplesmente uma solicitação de um parecer sobre o documento. Nós queremos, antes disso, negociar. Queremos saber qual é a proposta do Governo em relação ao índice 100 para a carreira médica e dos enfermeiros, e não só. Também queremos saber os meandros da regulamentação das duas carreiras”, esclareceu.

Conforme o representante sindical, no primeiro encontro que tiveram com o Governo ficou assente que o pessoal de saúde está no nível mais alto da Função Pública.

 E, acrescentou, tendo em conta que o objectivo é a remuneração por função e a avaliação específica das funções do pessoal de saúde, que diz que são dos profissionais que têm mais riscos e mais responsabilidades, logo teriam uma colocação na tabela salarial muito mais elevada.

Mas, sintetizou, o sindicato ainda não conhece a proposta do Governo, mas quer conhecer este valor.

“Desde o mês de Abril fizemos um encontro e não temos tido mais notícias. Tendo em conta o aproximar do tempo e não termos um draft zero das propostas, vamos solicitar o encontro brevemente”, finalizou.

 

A Semana com Inforpress