O primeiro-ministro considerou esta segunda-feira, 13, que as autoridades policiais devem comunicar mais e melhor para transmitir tranquilidade às pessoas e informar que estão a investigar os casos de criminalidade que tem acontecido no País.

Ulisses Correia e Silva teceu estas considerações, no balanço dos três anos do VIII Governo Constitucional, que aconteceu na cidade do Mindelo, após ser questionado sobre as respostas do Governo, em termos de segurança, principalmente com os casos de assassinato nos últimos tempos em São Vicente sem que se tenha pista de autores e outros, alegadamente relacionados com o narcotráfico, tanto na ilha de Santo Antão como no Sal.

Conforme o chefe do Governo, actualmente no País "há menos casos de criminalidade", mas deve-se fazer tudo para que não haja impunidade, para  que aqueles que praticam crimes, sejam apanhados, julgados e devidamente sancionados.

No entanto, referiu que não se deve dramatizar os casos apesar de reconhecer que, nos meios pequenos qualquer situação mais delicada ou de crime que saia fora daquele que é o padrão normal de hábitos e de comportamentos, choca.

Relativamente ao silêncio das autoridades, o primeiro-ministro considerou que muitas vezes essa forma de actuação é no sentido de salvaguardar a própria investigação porque determinados elementos de investigação tornados públicos podem afectar a possibilidade depois de poderem capturar ou julgar aquele que pratica o crime.

Reconheceu a necessidade de uma melhor comunicação das autoridades porque, sintetizou, “a polícia, de uma forma geral, não comunica muito bem”.

Em Abril, um homem foi morto a tiros na Zona de Chã do Cemitério, em São Vicente, próximo à sua residência. O assassinato ocorreu, 109 dias após o individuo ter sofrido um atentado que também tirou a vida do seu primo no mesmo local.

Apesar de questionada pela comunicação social sobre ambos os casos, a Polícia Judiciária mantém-se em silêncio.

 

A Semana com Inforpress