Declarações de Ulisses Correia e Silva, feitas na noite desta segunda-feira, em São Vicente, durante uma entrevista coletiva de balanço dos três anos de governação da 8ª Legislatura.

“Vai haver aumento de aparelhos, está-se a estudar a possibilidade de introdução de um aparelho mais ajustado às ilhas, com um pequeno fluxo, como o caso São Nicolau, Boa Vista e Maio. Segundo, a nível de transporte aéreo de interilhas, nós vamos introduzir o serviço público de concessão de operações, que serão devidamente compensadas para permitir com que ilhas que têm poucos fluxos de passageiros, mas tem que ter ligações. Esta arquitectura está a ser montada e estou ciente que até o final do ano nós teremos a estabilização e o desenvolvimento dos nossos transportes aéreos interilhas”, assegura.

O chefe do Governo refere que transportes aéreos e marítimos interilhas são áreas de soberania, onde não pode haver falhas ou descontinuidades. Nas ligações marítimas, Ulisses Correia e Silva reconhece que a resposta que está a ser dada não é a mais ideal.

“Por isso há um processo de aquisição de mais embarcações para aumentarmos o nível da capacidade de oferta e podermos garantir também maior regularidade e evitar aquilo que, de vez em quando, nós somos sujeitos. De vez em quando há avarias ou há reparações, há manutenções e você, como tem dois aparelhos, depois se há um problema, fica só com um. E com um é ter problemas”, diz.

“Então temos que ganhar escala, dimensão, para podermos ganhar condições de tranquilidade e estabilidade nessas ligações, que é um aspecto, de facto, crítico das ilhas e crítico de Cabo Verde, porque mexe também com a economia local, com a mobilidade e com o desejo natural das pessoas poderem circular a um bom preço”, afirma.

A entrevista de balanço dos três anos de governação da 8ª Legislatura decorreu na noite desta segunda-feira, nas instalações do Centro Nacional de Arte, Artesanato e Design.