O também ministro das Finanças, do Fomento Empresarial e da Economia Digital falava à imprensa no lançamento do referido programa, que está “alinhado com a ambição” de impulsionar Cabo Verde como um polo tecnológico na África subsaariana.

Trata-se de uma iniciativa da Pro Empresa, através da Cabo Verde Digital, em parceria com a Universidade de Cabo Verde (Uni-CV), a 1Tribe e a Avalanche.

Na ocasião, o vice-primeiro-ministro enfatizou a importância da transição digital como um “catalisador para criar novas oportunidades e ampliar as existentes”, destacando que a digitalização está permeando todas as áreas da actividade económica, daí a aposta nos jovens como “parte fundamental” desse processo.

“Nossa aposta deve ser na capacitação dos jovens", afirmou, sustentando a importância de os mesmos dominarem tecnologias emergentes, como inteligência artificial, blockchain e 5G, como “ferramentas essenciais” para conectar os jovens cabo-verdianos com o mundo e prepará-los para liderar na economia digital.

“O mundo está num processo de transição digital e este processo de transição é uma enorme oportunidade para os pequenos estados insulares porque o digital permite que possamos estar connosco próprio e com o mundo e isto permite criar novas oportunidades, permite amplificar e acelerar as oportunidades (…)”, vincou Olavo Correia.

"Esta é uma oportunidade enorme para nossos jovens", declarou ainda o governante, para quem os jovens cabo-verdianos devem ser cidadãos do mundo, preparados para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades que a economia digital oferece.

Por outro Lado, George Ayinde, fundador da 1Tribe, uma organização sem fins lucrativos e que se concentra em reduzir a exclusão digital em África, avançou à imprensa que o objectivo é incentivar a juventude cabo-verdiana a olhar para outros empregos, especialmente no espaço web3, “que é o futuro que já é agora”.

Conforme explicou George Ayinde, a ideia é capacitar educadores para que possam ensinar os jovens, mas também capacitar cidadãos cabo-verdiano com o saber-fazer, de como vender a sua arte e construir soluções descentralizadas e aplicações para África e para Cabo Verde.

Conforme a mesma fonte, o programa tem duração de um mês e a 1Tribe irá doar 350 mil escudos a 35 participantes para poderem integrar os seus projectos no ecossistema Blockchain, e, no final, serão selecionados três vencedores que poderão aceder a 500 mil escudos.

“Portanto, no próximo semestre, depois de avaliarmos como conseguimos acompanhar a população, seremos capazes de criar um programa personalizado para Cabo Verde. Então, esse é o experimento para ver como vão as coisas e aí poderemos estruturar um currículo em parceria com o Unicef para ter um programa Blockchain no UNICEF”, finalizou.