Com a atualização, a taxa diretora do banco central cabo-verdiano sobe para 1,5%, ainda longe da taxa diretora de 4,5% do Banco Central Europeu (BCE).

O relatório de política monetária de abril, do BCV, hoje divulgado, cita expectativas de mercado que apontam para três cortes pelo BCE, ainda este ano, num total de 75 pontos base, o que colocaria a taxa diretora em 3,75%.

O banco central do arquipélago indica "a necessidade de reduzir o diferencial" para as taxas internacionais, "conter os riscos associados à saída de capitais do país" e "garantir a sustentabilidade do regime cambial", de conversão fixa em relação ao euro.

Neste contexto, "o banco central entende ser relevante continuar a sinalizar o pendor mais restritivo da política monetária, já iniciado em maio de 2023, através da subida das suas taxas de juro de referência".

Sobem 25 pontos base a taxa de juro diretora (TRM), de 1,25% para 1,5%, a taxa de facilidades permanentes de cedência de liquidez, de 1,5% para 1,75%, a taxa de facilidades permanentes de absorção de liquidez, de 0,7% para 0,95% e a taxa de juro de redesconto, de 2,5% para 2,75% - destinando-se a "operações de caráter excecional, para fazer face às necessidades de liquidez por parte da banca".

Mantém-se sem alterações, em 10%, o coeficiente das Reservas Mínimas de Caixa (DMC), visando a "manutenção da estabilidade do sistema financeiro nacional face às condições atuais do mercado e aos desafios que se colocam à atividade bancária".

Na zona Euro, a taxas de juro diretora está em 4,5%, a taxa de facilidade permanente de cedência de liquidez é de 4,75% e a taxa de facilidade permanente de depósito é de 4%.

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