Segundo o CEO do iiB o banco experimentou uma evolução substancial do activo, com o crédito total concedido à economia aumentando de forma significativa. O banco optou por realizar a maioria desse crédito mediante instrumentos regulados e standardizados, como obrigações na Bolsa de Valores, ou seja, obrigações. Além disso, ao nível do financiamento do balanço, os recursos de clientes, de diversas naturezas, aumentaram substancialmente e de forma mais diversificada.

Ferreira ressaltou que o iiB não se limita a depósitos como instrumentos de financiamento de balanço, mas também utiliza outros tipos de instrumentos, como obrigações, derivados e outros que são considerados úteis para o desenvolvimento da actividade, numa perspectiva de risco retorno superior.

Quanto à acumulação de capitais, Ferreira explicou que nos últimos 4 anos não houve distribuição de dividendos aos accionistas. Isso deu-se no contexto de dotar o banco de uma estrutura de capital e de balanço que possibilitasse ao accionista ter escolhas no final deste ciclo.

Essas escolhas incluem a capacidade de utilizar o balanço do banco para aquisições orgânicas, abrir capital a um múltiplo mais valorizado ou até mesmo vender o banco, se isso fosse desejado pelos investidores privados.

Um marco mencionado por Ferreira foi o aumento do capital do banco em mais de 2,5 vezes em 4 anos, tanto em termos absolutos quanto relativos.

“O banco aumentou o seu capital em 4 anos, mais de 2,5 vezes, o que é uma performance histórica ímpar, quer em termos absolutos, quer em termos relativos. A evolução do activo está explicada neste gráfico, portanto, aproximadamente de 15 bis, evoluímos para 41”, disse.

"Fizemos avanços significativos em Cabo Verde, especialmente no trade finance. Acreditamos que a economia cabo-verdiana precisa se internacionalizar para prosperar. Não se internacionalizar resultará em maior concentração nas instituições financeiras, tanto activas quanto passivas", discursou Francisco Ferreira durante a terceira edição do Business Breakfast iiB.

Conforme destacou, as iniciativas no trade finance podem diferenciar Cabo Verde como um mercado de investimento e um hub operacional internacional. Aliás, referiu, a capacidade do banco em trade finance é evidente, com mais de 50% dos fluxos executados em Cabo Verde passando pelo iiB.

Francisco Ferreira mencionou ainda que o iiB alcançou alguns ganhos, incluindo a certificação ISO 31000, que reflecte os altos padrões de governança e gestão de riscos da instituição.

Também enfatizou a certificação Great Place to Work, salientando a importância de um ambiente de trabalho positivo para o sucesso do banco.

"Nos últimos anos, alcançamos um crescimento substancial em activos, créditos concedidos e recursos de clientes diversificados. Nossa eficiência operacional está em níveis internacionais elevados, com um retorno ajustado ao risco significativo", concluiu.

Ainda durante o Business Breakfast, o iiB assinou um Memorando de Entendimento com a Associação Profissional das Instituições de Microfinanças de Cabo Verde, representada pelo seu presidente, Francisco Tavares.