Presidente do PP diz que MpD “colhe o fruto” da gestão do país com resultado das autárquicas
SOURCE: [A Semana]
O líder do Partido Popular (PP) disse hoje, no Mindelo, que com o resultado das eleições autárquicas de domingo o Movimento para a Democracia (MpD) colhe o fruto da sua da sua gestão nestes oito anos.
Em declarações à Inforpress, Amândio Barbosa Vicente, que está de visita a São Vicente, considerou que as eleições que ditaram o domínio do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV) em 15 das 22 câmaras municipais mostraram que o Governo tem feito uma “gestão catastrófica do país”.
“Os cabo-verdianos começaram a dar resposta à governação do MpD e também a algumas gafes que o seu líder vem cometendo. Por exemplo, dizer que ia tomar a Câmara Municipal da Praia custe o que custar”, afirmou a mesma fonte, avisando o presidente do MpD de que Cabo Verde é um Estado de direito democrático onde “o voto é soberano”, pelo que, “um político não deve dar um erro desta natureza”.
O líder do Partido Popular também esteve na Cadeia Central de São Vicente onde aproveitou para visitar o ex-deputado Amadeu Oliveira, que cumpre pena sete anos de prisão pelo crime de atentado contra o Estado de direito e um crime de ofensa a pessoa colectiva.
Segundo Amândio Barbosa Vicente, a prisão de Amadeu Oliveira é uma vingança contra ele em decorrência das várias denúncias que ele apresentou.
Das quais, citou, denúncias contra os agentes da Justiça e que “nunca foram esclarecidas”.
“Inventaram essa questão de atentado contra o Estado para o prenderem. Para mim ele é um preso político em Cabo Verde, porque ele auxiliou Arlindo Teixeira como defensor oficioso nomeado pelo Estado desde 2015 e não como deputado, cargo que ele assumiria seis anos depois”, afirmou a mesma fonte, informando que encontrou o ex-advogado “um pouco debilitado fisicamente parecendo estar adoentado”.
O líder do Partido Popular disse que durante a sua visita à cadeia, Amadeu Oliveira compartilhou com ele que “alguns dos seus direitos como recluso foram violados”, nomeadamente a “apreensão do seu computador portátil de modo ilegal e abusivo”.
“Ele entrou com um recurso hierárquico, segundo ele, para a ministra da Justiça, Joana Rosa, mas não houve qualquer resposta”, relatou Amândio Barbosa Vicente.
“É normal que o recluso tenha um computador desde que não esteja ligado a uma rede de Internet porque ele pode ler ou usá-lo como ferramenta de trabalho”.
A Semana com Inforpress