O vice-presidente do Instituto Nacional de Estatística (INE), Fernando Rocha, confirmou esta quinta-feira que a instituição tem estado em diálogo constante com o sindicato visando resolver as reivindicações dos seus trabalhadores.

A garantia foi dada à imprensa à margem da abertura, hoje, na cidade da Praia, da formação de agentes de terreno com vista à realização do Inquérito Multi-Objetivo-Contínuo (IMC) 2024, quando questionado sobre o desenvolvimento da situação, após denúncia dos trabalhadores.

O vice-presidente do INE assegurou que a instituição tem estado em diálogo constante para resolver problemas dos trabalhadores, mas que em fórum próprio o assunto será abordado com o sindicato.

“O INE tem boa relação com o sindicato e acredito que no momento certo as pessoas ficarão a saber sobre a resolução ou não deste problema que aflige os nossos trabalhadores”, sublinhou, salientando que os colaboradores são os “principais activos” da instituição.

Reconheceu que o INE instituição não consegue se desenvolver sem olhar para aquilo que é a realidade laboral dos seus trabalhadores.

“Por isso estamos cientes disso e estamos a tentar resolver os problemas que afligem os nossos colaboradores", asseverou, afiançando que tem havido um “diálogo constante” com o sindicato representativo desses trabalhadores, visando a resolução dos problemas.

Os trabalhadores do INE haviam denunciado no mês passado a “incapacidade” e “prática de assédio” do conselho directivo, a quem acusam de rejeitar de forma ilegal o cumprimento dos acordos estabelecidos no âmbito das manifestações de 2020/2021.

Segundo o presidente do Sindicato da Indústria, Serviços, Comércio, Agricultura e Pesca (SISCAP), Eliseu Tavares, os trabalhadores reivindicam designadamente a aprovação dos instrumentos de gestão, que ficaram pendentes.

Explicou na altura que os mais experientes, sobretudo aqueles com mais de 20 anos de trabalhos, não conseguiram alcançar o nível sénior, quanto mais o nível de especialistas, ao mesmo tempo que denunciou que aos trabalhadores com vínculo mais precários, “contratados ilegais por prestações de serviços”, viram as suas situações a piorar.

Entretanto, em conferência de imprensa na altura, o presidente do conselho directivo do INE, João Cardoso, prometeu resolver as referidas reclamações ao abrigo da legislação vigente em Cabo Verde.

 

A Semana com Inforpress