O Sindicato dos Professores da Ilha de Santiago (Siprofis) manifestou hoje junto do ministro da Educação, Amadeu Cruz, a sua “preocupante inquietação” face “os quatro meses de atrasos e outros mais de vencimento” aos novos professores recrutados.

Considerando que estes docentes “lamentavelmente, enfrentam uma situação delicada e desafiadora”, o Siprofis, em carta endereçada ao governante e a que a Inforpress teve acesso, alerta que “estes profissionais, “fundamentais para o desenvolvimento” da educação em Cabo Verde, têm atravessado um período de “dificuldades financeiras significativas” devido à falta de salários.

“Esta situação não apenas compromete o bem-estar individual desses docentes, mas também afecta directamente a qualidade da educação, pois dificulta o seu empenho a sua dedicação plena às suas responsabilidades pedagógicas”, lê-se na carta assinada por Abraão Borges.

O Siprofis chamou ainda a atenção do Governo para a questão da cobertura do INPS para os professores, alegando que “muitos docentes” estão novamente enfrentando ausência de cobertura do INPS, o que os impede de aceder serviços de saúde essenciais, como a compra de medicamentos e até mesmo de óculos, “comprometendo a sua saúde e o bem-estar de todo os agregados famíliar”.  

Face ao exposto, solicitou “encarecidamente” uma resposta urgente a esta situação, bem como medidas imediatas para resolver os problemas salariais dos novos professores e garantir a cobertura adequada do INPS para todos os profissionais da educação.

Reiterou a “importância vital” de abordar prontamente essas questões, não apenas em prol do bem-estar dos professores, mas também para assegurar a qualidade da educação e a continuidade do ensino em Cabo Verde.

 

A Semana com Inforpress