Em desespero, Ulisses viola reiteradamente o Código Eleitoral
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Em desespero, Ulisses viola reiteradamente o Código Eleitoral

Desfeitos os sonhos megalómanos das grandes vitórias nas autárquicas, com declarações enfáticas de que o MpD iria recuperar todas as câmaras perdidas em 2020, a crua realidade do terreno veio desfazer as perspetivas mais otimistas e confrontar Ulisses e a direção ventoinha com a realidade: a verdade é que, pela primeira vez na história do poder local, o MpD corre o risco de perder as eleições autárquicas, deixando o “grande líder” em maus lençóis.

Desesperado, com receio de o MpD perder todas as câmaras da ilha de Santiago (uma possibilidade cada vez mais provável), Ulisses Correia e Silva não se inibe mesmo de violar o Código Eleitoral, desdobrando-se em visitas a obras “para ver o andamento dos trabalhos” (o aforismo que utiliza para justificar as deslocações).

Ribeira Grande de Santiago, São Domingos, São Lourenço dos Órgãos, Santa Catarina, São Miguel, Santa Cruz, só para referirmos municípios da ilha de Santiago, porque o turismo político de Ulisses estende-se a outras ilhas.

A intenção é óbvia: dar um empurrãozinho aos candidatos locais ventoinha, passando a ideia de que o governo está a fazer uma grande aposta no desenvolvimento local…

Há, porém, um problema: já vem tarde e os cabo-verdianos e as cabo-verdianas sabem bem o que vem a seguir. Findas as eleições, na maior parte dos casos, o mais provável é a paragem das obras até à campanha de 2026 para as legislativas.

A queda dos sonhos megalómanos das grandes vitórias

Desfeitos os sonhos megalómanos das grandes vitórias nas autárquicas, com declarações enfáticas de que o MpD iria recuperar todas as câmaras perdidas em 2020, a crua realidade do terreno veio desfazer as perspetivas mais otimistas e confrontar Ulisses e a direção ventoinha com a realidade: a verdade é que, pela primeira vez na história do poder local, o MpD corre o risco de perder as eleições autárquicas, deixando o “grande líder” em maus lençóis.

O desespero é de tal monta que, a título de exemplo, já correm nas redes sociais publicações aludindo à grande esperança de que Meno, em São Miguel, consiga renovar o mandato. Renovar o mandato?! Então, o ainda presidente da Câmara de São Miguel não era dado como vencedor indiscutível, pedindo mesmo maioria qualificada em 01 de dezembro?

As contradições e pronunciamentos disparatados da milícia digital ulissista (politicamente analfabeta funcional) tem destas coisas: gravitam entre as declarações megalómanas e a sinceridade mais confrangedora…

Os tempos não estão fáceis para as hostes ulissistas, mas estranho é o silêncio da Comissão Nacional de Eleições que, perante violações flagrantes do Código Eleitoral, assobia para o lado.

 

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SOBRE O AUTOR

Domingos Cardoso

Editor, jornalista, cronista, colunista de Santiago Magazine

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