A iniciativa, de acordo com o INSP na cidade da Praia, propõe transformar os formandos em multiplicadores de informações sobre a doença, destacando a importância de prevenir a transmissão e identificar focos de proliferação do mosquito.

Em declaração à imprensa, Hélio Rocha, advogado do INSP, explicou que o objectivo da capacitação é reforçar a comunicação de risco e o engajamento comunitário.

A acção, segundo disse, está focada em cinco concelhos onde a incidência de casos de dengue é mais alarmante, incluindo a Praia, Santa Cruz e os três concelhos da Ilha do Fogo.

Nos próximos dois meses, conforme realçou, os voluntários serão responsáveis por levar informações sobre como a dengue é transmitida, como se prevenir e como identificar focos do mosquito, tanto nas áreas urbanas quanto rurais.

Lembrou ainda que a capacitação do grupo alvo visa, além da disseminação de informações, promover uma mudança comportamental nas comunidades.

“A luta é de todos, não só dos jovens, mas de toda a população. Informações científicas e credíveis estão disponíveis, e qualquer pessoa pode ser um agente de mudança", afirmou Rocha.

No entanto, ressaltou que, apesar do alto nível de conhecimento sobre a transmissão e prevenção da doença, a mudança efetiva de atitudes tem sido um desafio significativo.

“As pessoas sabem como a dengue se transmite e como se prevenir, mas a mudança de atitude é muito baixa. Nosso foco agora é transformar esse conhecimento em ações efetivas”, acrescentou.

Com a formação de 500 jovens, o INSP espera atingir cerca de 200 mil pessoas em áreas chave na luta contra a epidemia, buscando não apenas informar, mas também transformar hábitos e atitudes em relação à prevenção da dengue.