"A protecção dos civis e das infraestruturas não militares devem ser prioritárias sempre que cada conflito é desencadeado. O uso de armas numa hostilidade deve evitar danos contra civis", sublinhou o porta-voz da agência da ONU, Jeremy Laurence.

O Presidente russo, Vladimir Putin, aprovou hoje a doutrina que permite respostas com armamento nuclear face a ataques convencionais que ameacem a soberania da Rússia e da Bielorrússia.

A medida anunciada por Moscovo ocorre dois dias depois das notícias publicadas nos Estados Unidos sobre a Administração do Presidente Joe Biden que autoriza a Ucrânia a atacar alvos na Rússia com armas norte-americanas de longo alcance.

O porta-voz da ONU recordou que nos últimos dois dias pelo menos trinta civis morreram nas zonas ucranianas de Sumi, Odessa e Hlukhiv, cidade do leste onde durante a noite morreram nove pessoas na sequência de bombardeamentos russos.

Laurence sublinhou que hoje se assinalam mil dias de um conflito que causou, segundo dados verificados pelo gabinete da ONU, pelo menos 12.162 mortes de civis (incluindo 659 crianças) e 26.919 feridos não militares.

"Como o Alto Comissário para os Direitos Humanos Volker Türk já salientou, estes foram mil dias de dor e sofrimento sem sentido, em que as violações dos direitos humanos se tornaram a rotina diária", concluiu.