A exposição “18 Momentos”, inaugurada nesta terça-feira no, Mindelo, tem o objectivo de democratizar o acesso à literatura aproximando as pessoas da história literária de Cabo Verde, afirmou o historiador e docente da Universidade de Cabo Verde, Carlos Santos.

Carlos Santos falava na Praça Nova (Praça Amílcar Cabral), após a inauguração da exposição inserida nas programações da primeira edição do Festival Literário do Mindelo “Pão e Fonema”, que homenageia o poeta Corsino Fortes.

“Temos o conhecimento que existe uma fragilidade a nível de conhecimento da história no seu todo e também da literatura, por isso procuramos, durante esses dias, mostrar nas praças capas de obras literárias, de revistas, que foram produzidas desde O Escravo, que é a obra de referência inicial do início da literatura cabo-verdiana, escrito por José Evaristo de Almeida, até à actualidade”, avançou.

Conforme o docente, o título da exposição remete às 18 capas de livros reproduzidas em xilogravuras pelos alunos do 11º ano do curso de Artes Gráficas, da Escola Industrial e Comercial do Mindelo, coordenadas pelo professor Jair Pinto.

 “Nós temos a obra do Evaristo, por exemplo, temos os Claridosos, temos a Orlanda Amarílis, temos as obras de José Lopes, caso do Jardim das Hespérides, temos a revista Ponto e Vírgula, que é suplemento cultural. É uma forma de democratizar a nossa literatura”, lançou, realçando que inicialmente tinham o objectivo de expô-las num espaço fechado, mas após uma reflexão e pensando também na deslocação das obras, decidiram expô-las em três praças de São Vicente.

Além da Praça Nova, as Praças Zimbabué, à frente do Liceu Velho, e a Praça de Cruz João Évora, ostentam obras da exposição “18 Momentos”, mas, segundo Carlos Santos, a ideia é mostrar outras obras e outros momentos da literatura cabo-verdiana nas próximas edições do Festival Literário do Mindelo.

 

A Semana com Inforpress