Os recém-eleitos conselheiros pelos círculos consulares da África do Sul e Namíbia manifestaram preocupação com o atraso de 12 meses para a entrada em funções do Conselho das Comunidades Portuguesas (CCP).

Em carta enviada ao secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, à qual a Lusa teve acesso, os cinco conselheiros adiantaram que a realização do plenário do CCP deveria ser uma das “primeiras prioridades” do novo Governo da Aliança Democrática (AD).

“Sabemos que, devido à mudança de Governo, apenas agora iniciou as suas funções, mas este atraso fará com que quase 12 meses" vão passar "até que o CCP possa entrar verdadeiramente em funções”, refere-se na missiva enviada a José Cesário.

“Não podemos, no entanto, de deixar de registar, com alguma preocupação e desilusão, o facto de o plenário do CCP apenas se realizar em fins de setembro ou princípios de outubro”, salientaram os conselheiros portugueses.

"Tendo em conta que as eleições se realizaram em novembro de 2023, sem a realização do plenário está este importante órgão, ao qual a AD quer dar mais visibilidade e autonomia, paralisado desde então, visto que não estão constituídos o Conselho Permanente, as Comissões Temáticas e os Conselhos Regionais”.

Na nota enviada ao governante social-democrata, os conselheiros reiteraram que “já no anterior Conselho, devido também à queda do Governo e à tomada de posse da chamada “geringonça”, o plenário só se realizou sete meses após a eleição”.

Os conselheiros portugueses na África do Sul e Namíbia salientaram também que o recém-eleito governante “é a pessoa certa no lugar certo” para resolver o que dizem ser “os muitos problemas que as comunidades enfrentam por esse mundo fora, seja nos consulados, na lei eleitoral, nos apoios sociais, nas associações e instituições de beneficência, na Educação e tantas outras questões”.

A Semana com Lusa