O presidente da Cruz Vermelha de Cabo Verde, Arlindo Carvalho, é um dos 12 candidatos à comissão permanente de nível internacional daquela organização de socorro, durante a 34.ª conferência que arranca na segunda-feira, em Genebra, disse hoje à Lusa.Cabo Verde tem experiência em vencer crises e pretende dar um contributo global, numa altura em que se vive “uma dupla crise, provocada pela ação humana e resultante das alterações climáticas”, referiu o dirigente.O arquipélago apresenta na lista de desafios o facto de ter ultrapassado secas severas, períodos de fome e aponta ainda feitos como a erradicação da malária, em janeiro deste ano.Cabo Verde apresenta-se como um país “na encruzilhada dos continentes”, que surgiu desse encontro e que “vem lutando contra adversidades e conseguiu erguer-se enquanto nação e afirmar-se enquanto Estado”, acrescentou.“Agora, queremos ajudar o movimento internacional a encontrar soluções que possam minorar o sofrimento humano, que possam defender a dignidade humana e salvar vidas”, detalhou Arlindo Carvalho.É a primeira vez que Cabo Verde é candidato a um lugar no comité permanente da Cruz Vermelha e Crescente Vermelho, órgão máximo entre conferências internacionais e composto por nove elementos.“A comissão permanente é composta por nove elementos, sendo dois da Federação Internacional, dois do Comité Internacional e cinco devem surgir (de cada um) dos cinco continentes”, explicou Arlindo Carvalho.A eleição faz parte do programa da conferência internacional na tarde de dia 30 de outubro.Além de Cabo Verde, África apresenta ainda candidatos da Tanzânia e Senegal.Os outros candidatos são oriundos de Espanha, Líbano, Qatar, Noruega, Colômbia, China, Panamá, Austrália e Granada.A 34.ª Conferência Internacional da Cruz Vermelha e Crescente Vermelho vai decorrer numa altura em que “a imprevisibilidade dos acontecimentos mundiais, associada a necessidades cada vez maiores, exige uma ação humanitária mais forte”, refere a organização.“A conferência proporcionará uma plataforma de diálogo” para “decidir o que é necessário fazer para reforçar o impacto das respostas humanitárias”, acrescenta.O programa arranca na segunda-feira às 14:00 (13:00 em Lisboa) no Centro Internacional de Conferências de Genebra.Lusa