Kahbi Batista, que foi hoje empossado no comando da Guarda Costeira, em São Pedro, pelo chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, começou por agradecer a confiança em si depositada e deu a certeza de a retribuir com todo o “empenho, capacidade e lealdade”.

Nesta senda, o capitão-de-patrulha propõe contribuir para uma Esquadrilha Naval pronta para proteger os interesses nacionais e servir a população.

Entre as suas acções futuras, elegeu a capacidade de executar manutenções do primeiro e segundo escalão como uma das prioridades por ser uma das vertentes com “mais impacto”.

“E, de modo, a complementar o esforço, procurarei fortalecer e alargar a parceria já existente com os Estaleiros Navais de Cabo Verde e demais empresas de reparação naval, locais e nacionais”, sublinhou.

Ademais, Kahbi Batista considerou ser fundamental desenvolver uma cultura de treino operacional, intensificada para cenários de combate à criminalidade transnacional, de pesca ilegal, transporte de doentes, bem como outras missões de serviço afectas à esquadrilha.

Outras das bandeiras do novo comandante será a formação.

Em relação a desafios, apontou a “grande reparação” do navio patrulha “Guardião”, prevista para iniciar em 2025, como a maior, uma vez que vai exigir “um esforço solidário” e o envolvimento de toda a estrutura da Guarda Costeira.

Já o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, António Duarte Monteiro, que nomeou a Esquadrilha Naval como a “espinha dorsal” da GC, assegurou que Kahbi Batista tem o perfil e as competências para assumir o cargo e o desempenhar “com sucesso”.

Como prova enumerou as várias funções e cargos exercidos pelo militar, entre estas, instrutor do Centro de Instrução Militar do Morro Branco, comandante de diversos navios da Esquadrilha e Naval, e o mais recente director do Comando de Operações da Guarda Costeira.

Por outro lado, ressaltou a sua “sólida formação militar”, no qual se destaca a licenciatura em Ciências Militares Navais, na Escola Naval da Marinha Portuguesa, e ainda outras que passam, por exemplo, pelo Naval Staff College, nos Estados Unidos da América.

Por tudo isso, António Monteiro afiançou não ter dúvidas que o novel-marinheiro-mor da Esquadrilha Naval “terá capacidade de superar as intempéries que certamente lhe surgirão no decurso das suas singraduras, mas mesmo perante a ausência de determinados recursos”.

Confirmou ainda o seu “total apoio” para continuar a "trabalhar incansavelmente” na procura de soluções, para dotar a esquadrilha de recursos humanos, meios e equipamentos necessários.

Kahbi Batista assume agora o cargo até agora ocupado pela capitão-de-navio Carina Batista, que agora assumirá as funções de presidente do conselho de administração da Fundação Social das Forças Armadas.