Deth Martins, que falava à Inforpress, salientou que actualmente para conseguirem levar de novo este desporto ao mais alto patamar, na ilha, seria preciso uma grande força de vontade de todos os bravenses.

A antiga dirigente mostrou-se preocupada com o rumo que esta modalidade tem vindo a tomar, uma vez que, segundo a mesma, nos últimos anos o futebol na ilha tem deixado muito a desejar.

“Actualmente os jogadores só jogam à base de alguma remuneração e desta feita, as equipas que não possuem de fundos, dificilmente conseguirão construir uma equipa sólida para participar e competir nos campeonatos da ilha. E quando forem para o nacional sentem-se na pele a diferença em relação aos outros clubes que têm uma competitividade mais forte”, sublinhou.

Porém, considerou ainda que existem algumas pessoas, entre dirigentes, treinadores e responsáveis que estão empenhados em trabalhar para realizar o campeonato deste ano, embora seja uma tarefa difícil, reconheceu.

“Posso afirmar que quem quer fazer isto acontecer não pode, mas quem pode, que são os jogadores que estão todos a saírem para jogarem nas outras ilhas e os que ficaram querem remunerações que as equipas não podem atribuir”, disse. 

Deth Martins realçou que anos atrás, a Brava tinha sete equipas que disputavam o campeonato entre si, todavia sublinhou que ano após ano as equipas têm vindo a diminuir e actualmente a realização da competição é incerta, devido a falta de clubes, que este ano apenas três se mostraram disponíveis.

No entanto, observou que realizar o campeonato com apenas quatro equipas seria melhor de que não haver competição durante um ano, isso porque reerguer novamente as equipas durante uma época de paragem seria muito difícil.

“No meu entender, as equipas deveriam estar todas no mesmo nível de competição, no entanto o clube do Morabeza é que neste momento tem estado ao mais alto nível. Os responsáveis deveriam sentar e unirem-se para um consenso e só assim chegarem a uma conclusão”, finalizou.

Inforpress/Fim