A saída da população da ilha de Santo Antão está a afectar a economia local, defendeu esta segunda-feira o empresário do ramo da panificação Arnaldino Rodrigues, relacionando a saída de pessoas com o número de vendas.

Em declarações à Inforpress, o empresário deu tónica à problemática da saída de população da ilha de Santo Antão realçando que, nos últimos anos, o sector da economia está a ser “prejudicado e muito afectado”.

“A perda da população em Santo Antão é preocupante e está a afectar o negócio, pois acredito que são as pessoas que fazem a economia” observou.

Segundo o empresário, a solução para debelar o problema e sustentar o negócio tem sido a exploração de novos mercados em Cabo Verde com a oferta de novos produtos para expandir as vendas.

“Hoje o número de vendas da minha empresa é maior porque entramos em outros mercados e introduzimos novos produtos. Se fosse depender somente de Santo Antão a nossa empresa seria pequena ", frisou.

Arnaldino Rodrigues exemplificou o mercado conquistado em São Vicente como um caso de sucesso que, elucidou, significa 35% de facturação do seu negócio.

“Sentimos estagnados no mercado em Santo Antão e resolvemos explorar o mercado de São Vicente, o que não foi fácil. Mas, hoje, temos um armazém em São Vicente, um carro e dois funcionários para fazer a distribuição dos produtos num mercado em que facturamos 35% de todas as vendas, impulsionando o crescimento e a entrada em outros mercados”, esclareceu.

Conforme o empresário e sócio da empresa Padaria Arte Pão neste momento emprega 40 funcionários e produz vários tipos de pães, bolacha de trigo, bolacha doce, bolacha integral e de chocolate, além de uma pequena unidade de transformação de café e farinha de mandioca, produtos que, disse, são muito consumidos em outras ilhas.

Arnaldino Rodrigues disse que além do grosso da produção que está concentrada na fábrica sediada na cidade da Ponta do Sol, município da Ribeira Grande de Santo Antão, também, abriu uma central de produção de bolachas, na cidade da Praia, que abastece os mercados das ilhas do Maio, Sal, Fogo e Brava.

Questionado sobre o futuro, tendo em conta a actual conjuntura, o empresário Arnaldino Rodrigues afirmou que a sua empresa cresceu mas, defendeu, “é preciso sentar para debater” a actual situação e pensar, agir e não deixar sair, mas sim atrair as pessoas de outras ilhas e outros países para virem investir em Santo Antão.

A Semana com Inforpress